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Título: Sentidos atribuídos à paternidade em famílias de crianças com paralisia cerebral
Autor(es): Veiga, Isis Nunes
Palavras-chave: Paternidade
Paralisia cerebral
Cuidado paternal
Envolvimento paterno
Dádiva
Data do documento: 29-Set-2022
Editor: UCSal - Universidade Católica do Salvador
Resumo: Este estudo tem como objetivo principal analisar os sentidos atribuídos à paternidade em famílias de crianças com paralisia cerebral. O pai permaneceu durante décadas ocupando lugar de provedor e garantidor das leis familiares, afastando-se dos filhos e da realidade doméstica, contudo essa concepção se transformou. O pai passa a ocupar um espaço mais significativo na criação dos filhos e passa a ser um pai mais participante e mais sensível. Embora exista um crescimento significativo sobre o papel do pai na sociedade contemporânea, ainda é necessário avançar na compreensão da paternidade no contexto de um (a) filho (a) com deficiência. Posto isso, quando se descreve sobre crianças com deficiência, dentre estas, a paralisia cerebral, são poucas as investigações nas quais o pai está presente. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou a metodologia de estudo de caso com múltiplos sujeitos. Participaram cinco famílias de crianças com paralisia cerebral, totalizando onze entrevistados, dentre estes cinco pais, quatro mães e dois avós. Para a coleta de dados utilizou-se uma entrevista semiestruturada, orientada por um roteiro que abordou temas como a rotina em relação aos cuidados da criança com paralisia cerebral, o sentido da paternidade e como são percebidos os cuidados que o pai tem com a criança. Foi realizada uma análise de conteúdo de Bardin para examinar as falas das famílias e emergiram duas categorias: O cuidado paternal; e A paternidade como uma dádiva. A partir da análise das entrevistas foi visto que os pais percebem-se como presentes no cotidiano da criança com paralisia cerebral e consideram que participam ativamente da educação dos (as) filhos (as) e que dividem as tarefas de cuidados com a genitora. Os pais relataram que existe uma divisão de responsabilidades com a mãe da criança, pois acreditam na importância da participação deles nesse contexto, ainda que o tempo de contato com a criança seja menor pelo fato de trabalharem fora de casa. O papel do pai como provedor apareceu nos discursos dos pais participantes e estes explanaram que se preocupam com o bem-estar dos filhos, principalmente no que se refere à subsistência, acreditando que a paternidade está pautada na provisão material. As mães também veem o prover como um papel fundamental do pai. A avó e as mães entrevistadas relataram, também, que se sentem cansadas em relação à rotina de cuidados com a criança com paralisia cerebral e não consideram correto que esses cuidados sejam realizados somente por elas. Outras mães viram o pai como um ótimo cuidador, ainda que elas fiquem com a criança todo o tempo, pois consideraram que o pai faz tudo pela criança, como brincar e prover o lar. Os pais descreveram a experiência da paternidade em relação a um (a) filho (a) com paralisia cerebral como uma benção e, também, um aprendizado, relatando que a convivência com a criança é um presente de Deus.
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