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Título: Parentalidade na cultura digital: percepções de pais e mães sobre seu próprio uso de tecnologias digitais
Autor(es): Assis, Diana Cavalcante Miranda de
Fornasier, Rafael Cerqueira (Orient.)
Palavras-chave: Tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs);
Relações familiares
Parentalidade digital
Sociedade contemporânea
Autorregularão do uso de
Tecnologia digital
Data do documento: 12-Mar-2024
Editor: UCSal - Universidade Católica do Salvador
Resumo: O advento das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) na sociedade contemporânea tem reconfigurado os padrões de interação familiar, apresentando novos desafios e dinâmicas dentro do núcleo familiar. Este estudo teve como objetivo compreender as percepções de pais e mães a respeito da influência que seu próprio uso de tecnologias digitais pode ter nos relacionamentos com seus filhos, dentro do contexto da cultura digital. Embasado na Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Bronfenbrenner, o trabalho adota uma perspectiva qualitativa para explorar essas percepções, através de entrevistas gravadas com dez participantes da cidade de Irecê, Bahia. A análise temática dos dados revela que, segundo os pais e mães, as demandas digitais frequentemente comprometem o tempo e a qualidade do relacionamento parental. Os participantes refletiram sobre como interpretam os comentários de seus filhos a respeito do seu próprio uso de TDICs, indicando uma consciência crescente sobre a necessidade de modelar um uso mais consciente e responsável da tecnologia, visando um equilíbrio no ambiente familiar. Os pais não apenas reconheceram o feedback negativo dos filhos quanto a esse uso, mas também expressaram uma compreensão clara dos desafios impostos por ele. O achado mais revelador, no entanto, foi a descoberta da dificuldade dos pais em alterar essa realidade, mesmo reconhecendo essa necessidade. Apesar de uma consciência evidente dos impactos negativos e de tentativas anteriores de mudança, eles enfrentam obstáculos significativos para modificar seus hábitos digitais. Esses obstáculos não são apenas individuais, mas profundamente enraizados na própria força da cultura digital, na pressão social e na necessidade intrínseca de pertencimento, que juntos criam um ambiente desafiador para a autorregulação eficaz. Assim, este estudo ressalta a necessidade urgente de estratégias de autorregulação parental mais eficazes e de apoio externo, incluindo políticas de mediação tecnológica, para enfrentar essas pressões culturais e sociais. Aponta para uma responsabilidade compartilhada: dos pais, em adotar práticas digitais conscientes; e da sociedade, em fornecer as condições para que essa mudança seja não apenas viável, mas sustentada, favorecendo relações familiares mais saudáveis e enriquecedoras no contexto da cultura digital.
URI: http://104.156.251.59:8080/jspui/handle/123456789/4924
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