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Título: Concepções de família por crianças em transição para a adolescência
Autor(es): Bastos, Lyege de Lima Borges
Dessen, Maria Auxiliadora da Silva Campos
Palavras-chave: Arranjos familiares
Família
Adolescência
Data do documento: 29-Set-2019
Editor: UCSal - Universidade Católica do Salvador
Resumo: As transformações econômicas e sociais vivenciadas pela sociedade, em especial na segunda metade do século XX, acarretaram mudanças significativas na estrutura e organização da família, bem como nas concepções dos membros acerca do seu conceito e funcionamento. Este estudo teve como objetivo geral investigar a perspectiva conceitual de 40 crianças em transição para a adolescência, membros de famílias nucleares e monoparentais, a respeito das novas configurações da família contemporânea e de que modo essas transformações na dinâmica familiar influenciam o seu desenvolvimento. Os objetivos específicos consistiram em identificar: (a) as concepções de família, focalizando: conceito, composição, função e divisão de papéis; (b) as percepções quanto às suas famílias de origem e projeções para o futuro do grupo familiar; e (c) as concepções sobre as seguintes tipologias de famílias: nuclear, monoparental, recasada e extensa. As crianças tinham entre 11 e 14 anos de idade, sendo 52,5% do sexo masculino e 47,5% do sexo feminino, e pertenciam a dois arranjos familiares: nuclear (67,5%) e monoparental (32,5%). As famílias participantes possuíam nível socioeconômico médio e médio baixo. A coleta de dados com as crianças foi efetuada em duas escolas: uma pertencente à rede pública de ensino e a outra à rede particular; os dados sociodemográficos das famílias foram fornecidos pelos genitores, via telefone. As crianças foram solicitadas a preencher três questionários sobre: (a) conceituação de família; (b) expectativas futuras acerca das respectivas famílias; e (c) percepções dos diferentes arranjos familiares. Os resultados foram analisados considerando quatro subgrupos, em função do tipo de arranjo familiar das crianças (nuclear e monoparental) e da fase de transição para a adolescência (inicial e final). As crianças, independentemente do tipo de configuração familiar e da fase de transição, conceberam a família pautada mais nos vínculos afetivos do que nos laços de consanguinidade, havendo mais similaridades do que diferenças em suas concepções. No entanto, há diferenças entre as expectativas das crianças de arranjos nucleares e monoparentais acerca do futuro dos seus pais. A maior parte das crianças do grupo nuclear percebe seus pais como idosos e trabalhando, mas, principalmente, felizes e unidos no futuro, enquanto a maioria das crianças do grupo monoparental imagina seus pais apenas como idosos e aposentados. Quanto à percepção das diferentes configurações familiares, a família nuclear continua sendo vista como a ‘mais perfeita’ e com condições de fornecer um ambiente melhor para se viver, particularmente pelas crianças pertencentes ao arranjo monoparental e por crianças em fase inicial de transição. Tanto as famílias recasadas quanto as monoparentais foram classificadas como ruins, por diferentes razões, enquanto as famílias extensas foram percebidas com qualificações mais positivas (63,4%) do que negativas (7,3%). Os resultados deste estudo sugerem a forte necessidade de ampliar as pesquisas sobre as concepções atuais de família e de diferentes configurações familiares por crianças e adolescentes brasileiros, visando formulações de políticas públicas direcionadas a essa faixa etária e aos diferentes arranjos familiares.
URI: http://104.156.251.59:8080/jspui/handle/123456789/5146
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