Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/1752
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorBarbosa, Milena Rocha Nadier-
dc.date.accessioned2020-09-28T18:12:47Z-
dc.date.available2020-09-28-
dc.date.available2020-09-28T18:12:47Z-
dc.date.issued2019-09-27-
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/1752-
dc.description.abstractIn 2013, the publication of the fifth edition of the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, DSM-5, triggered a crisis on psychiatric classifications. At the academic field, and on social and class movements, the quantitative increase in the DSM classification categories, throughout its editions, was cited as a tendency towards pathologization, as opposed to the ethical clinic of psychoanalyses, psychology or enlightened psychiatry. However, some scholars of this field have pointed out similarities between this instrument and the procedure of the clinic in general, an element that suggested the need of a broader analysis. On this research, I proposed to extend the critic and analyze the role of contemporary clinic as a strategy that could contribute to the medicalization of life and therefore to biopolitics. Taking the essay as a form, I sought to understand the structure of the main critics towards the DSM, to revise the notion of contemporary clinic from its birth in the 18th century, and to compare the clinical function, strategies and impacts to the ones regarding the DSM. The findings revealed that the clinic could only be borne at this period on history, when materialization and ontologization of the disease were made possible by a discursive blow of applying taxonomy to the classification of pathologies. On the other hand, the guarantee of its permanence through the years resided on the its capacity to function as a political instrument that enables the creation and support of the institution: health. A role that was played through spectacularization of suffering promoted on patient presentations and praxis pedagogy, which consolidated its semblance of guardian of the diagnostic truth by the classification capable of replication and prediction. An image that enabled a reconfiguration of its field to areas beyond the hospitals. On the assumption of knowing about the truth of health and disease, and the normal and the abnormal, the clinic could function as the foundation upon which the medicalization of existence was organized in the face of epidemics and the need for creation and accumulation of workforce on capitalism. At the end of the research, I observed the confirmation of a certain adequacy on the usage of term “clinic” to adjective these psychiatric manuals. I then concluded that the post-DSM-5 crisis is rather a crisis of the clinic itself, on this same contemporary clinic that was organized as an auxiliary strategy to the medicalization of life and, consequently, to biopolitics. I also point out that part of the power related to this instrument is granted by the affinity between how the clinic and the capitalist system operates in the current context. Finally, on the one hand, I end up recognizing the medical value of an universal clinic, and on the other, I point out the importance of an ethically oriented position that allows some practitioners who are conscious of their act, if they so wish, to able to separate themselves from this practice so that they can, in fact, guide their doing inside out the current politics, that by the inside out the biopolitics.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectClínicapt_BR
dc.subjectSaúde mentalpt_BR
dc.subjectMedicalizaçãopt_BR
dc.subjectBiopolíticapt_BR
dc.subjectCapitalismopt_BR
dc.subjectClinicpt_BR
dc.subjectMental healthpt_BR
dc.subjectMedicalizationpt_BR
dc.subjectBiopoliticspt_BR
dc.subjectCapitalismpt_BR
dc.titleHeresia à clínica: um ensaio sobre a crise das classificações psiquiátricaspt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/pt_BR
dc.contributor.advisor1Pitta, Ana Maria Fernandes-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/pt_BR
dc.contributor.referee1Coutinho, Denise Maria Barreto-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/pt_BR
dc.contributor.referee2Silva, Antônio Carlos da-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/pt_BR
dc.description.resumoEm 2013, a publicação da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-5, foi estopim de uma crise nas classificações psiquiátricas. No meio acadêmico, em movimentos sociais e de classe, o aumento quantitativo nas categorias de classificação do DSM, ao longo de suas edições, foi citado como tendência à patologização, em oposição à clínica ética da prática psicanalítica, psicológica ou, ainda, da dita psiquiatria esclarecida. Entretanto, alguns estudiosos do campo apontaram semelhanças entre esse instrumento e o funcionamento da clínica em geral, elemento que revelava a necessidade de uma análise mais ampliada. Justamente por isso, nesta dissertação, propus-me a estender a crítica e analisar o papel da clínica contemporânea enquanto uma possível estratégia a contribuir para a medicalização da vida e, por conseguinte, para a biopolítica. Valendo-se do ensaio enquanto forma, busquei compreender a estrutura das principais críticas ao DSM, revisar a noção de clínica contemporânea a partir de seu nascimento no século XVIII, e comparar seu funcionamento, estratégias e os impactos clínica com os da iniciativa DSM. Os achados revelaram que as condições para o nascimento da clínica só puderam realmente ser estabelecidas naquele período, a saber, a materialização e ontologização da doença, obtidas pelo golpe discursivo da aplicação da taxonomia à classificação de patologias. Por outro lado, a garantia de sua perenidade esteve em fazer-se instrumento político que permitiu a criação e sustentação da instituição: saúde. Fê-lo através da espetacularização do sofrimento promovido nas apresentações de pacientes e na pedagogia pela práxis, que consolidou seu semblante de guardiã da verdade diagnóstica pela classificação passível de replicação e predição. Uma imagem que oportunizou uma reconfiguração do seu campo para além dos hospitais. Na suposição de saber sobre a verdade da saúde e da doença, e do normal e do anormal, a clínica pôde funcionar com a fundação sobre a qual se organizou uma medicalização da existência face às epidemias e às necessidades de criação e acúmulo de mão de obra no capitalismo. Ao final da pesquisa, observei a confirmação de certa adequação no uso do termo “clínica” para adjetivar esses manuais psiquiátricos. Concluí então que a crise pós-DSM-5 é, antes, uma crise da própria clínica, nessa mesma clínica contemporânea que se organizou como uma estratégia auxiliar à medicalização da vida e, consequentemente, à biopolítica. Aponto, ainda, que parte do poder relativo a esse instrumento relaciona-se à afinidade entre o funcionamento clínico e o sistema capitalista no contexto atual. Finalmente, por um lado termino por reconhecer o valor médico de uma clínica universal, e por outro, marco a importância de um posicionamento eticamente orientado que permita a alguns praticantes conscientes de seu ato, se assim o desejarem, separarem-se dessa prática para poderem, de fato, orientar o seu fazer pelo avesso da política atual, pelo avesso da biopolítica.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentPró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduaçãopt_BR
dc.publisher.programPolíticas Sociais e Cidadaniapt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTACAOMILENABARBOSA.pdf1.94 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.