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Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorTrindade, Cláudia Moraes-
dc.creatorQueiroz, Luiz Antonio Pacheco de-
dc.creatorSaldanha, Marcus Vinícius da Silva-
dc.creatorOliveira, Renata Soraya Bahia de-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2020-10-20T13:48:06Z-
dc.date.available2020-10-20-
dc.date.available2020-10-20T13:48:06Z-
dc.date.issued2003-10-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/1889-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- Leituras paleográficas da série irmandades do arquivo da Cúria Metropolitana de Salvador: experiências de estágiopt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectLeituras Paleográficaspt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleLeituras paleográficas da série irmandades do arquivo da Cúria Metropolitana de Salvador: experiências de estágiopt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoO objeto desta comunicação é o relato da experiência da aplicação das técnicas de leitura e transcrição paleográficas, sobre a documentação do arquivo da Cúria Metropolitana de Salvador, especialmente da série Irmandades, sob a guarda do Laboratório de Conservação e Restauração Reitor Eugênio de Andrade Veiga, para restauração, preservação, conservação e tratamento arquivístico. O relato das experiências decorrentes desta atividade é mais uma oportunidade para a formação dos profissionais capazes de cumprir o papel de garantir a integridade da documentação e de seu conteúdo histórico. De acordo com a etimologia grega da palavra: paleos significa “antiga” + graphein, que, por sua vez, significa “escrita”. Sendo assim a Paleografia é o estudo da escrita antiga. Inúmeros autores preocuparam-se com a conceituação e utilização desta ciência. Agustín Millares Carlo diz que Paleografia é a ciência que trata do conhecimento e interpretação das escritas antigas e que estuda as suas origens e evolução. Os dados por ela fornecidos permitem em muitos casos, não somente localizá-las no tempo e no espaço, mas também descobrir e emendar os erros cometidos na transcrição de um texto por um copista pouco conhecedor da letra e abreviaturas do seu arquétipo, sendo, por conseguinte, fator indispensável à depuração textual, e, quando se trata de documentos, um auxiliar eficaz da crítica diplomática. (MILLARES CARLO, 1929) Já Maurice Prou (1924, p.1) afirma que “A paleografia é a ciência das antigas escritas. Tem por objeto a decifração das escritas da Antiguidade e da Idade Média. O seu domínio se estende de documentos escritos: inscrições, moedas, selos, atas e livros”. Enquanto isto, Ricardo Roman Blanco (1987) contribui dizendo que a paleografia “É a ciência que nos ensina a ler e interpretar corretamente documentos manuscritos antigos, ocupando-se essencialmente com a origem e evolução da escrita”. Já em relação aos fins a que se destina a Paleografia Berwanger (1995) diz que Em resumo, a Paleografia abrange a história da escrita, a evolução das letras, bem como os instrumentos para escrever. Pode ser considerada arte ou ciência. É ciência na parte teórica, arte na aplicação prática, acima de tudo, é uma técnica. [...] A Paleografia tem por objeto, portanto, o estudo das características extrínsecas dos documentos e livros manuscritos, para permitir a leitura e transcrição dos mesmos, além da determinação de sua data e origem. O conhecimento do documento não depende apenas de sua leitura, já que a sua interpretação também traz dificuldades. Nesse ínterim é que a Diplomática auxilia, contribuindo para a decifração, o seu significado, autenticidade e veracidade. Assim, a relação da Paleografia com a Diplomática permite o estudo dos caracteres extrínsecos e do conteúdo dos documentos. De acordo com Belloto (1991) “Dentro das ciências documentárias a diplomática é a atividade que se ocupa da descrição e da explicação dos atos escritos: seu campo de aplicação são os documentos gerados na área pública, neles estabelecendo as formas que lhe conferirão validade legal” A Paleografia serve-se de recursos de várias ciências que ao mesmo tempo lhes prestam serviço, como é o caso da História, que, sem ela, não poderia ler e transcrever registros de vários períodos, sobretudo os mais antigos. Estabelecendo relações diretas com as gerações passadas, a Paleografia auxilia a compreensão das antigas instituições, seus costumes, literatura, crenças e modos de ser. A experiência de leitura e transcrição da documentação referente à série Irmandades do Arquivo da Cúria Metropolitana de Salvador tem revelado dificuldades elementares do ponto de vista paleográfico, por se tratar de documentação do século XIX. As dificuldades maiores advêm do estado físico dos documentos, constituídos, quase na sua totalidade, no suporte em papel, com alguns poucos pergaminhos. O diagnóstico da documentação é indispensável ao trabalho de leitura e transcrição, com ele detectamos o estado de degradação, identificando os procedimentos técnicos necessários ao seu manuseio. Os documentos em suporte de papel, muito normalmente, degradam-se pela acidez, em especial quando a tinta utilizada é de tipo ferrogálica. Em Paleografia, quando falamos do século XIX nos referimos ao tipo de escrita humanística cursiva, que era a escrita corrente. As letras começam a juntar-se umas às outras devido ao desejo de escrever mais depressa. Toda documentação brasileira está escrita assim. Muitos dos documentos sofrem uma degradação na própria tinta, que, através de migração, distorce os contornos das letras, tornando confusa a forma das palavras. Vale observar que os pergaminhos não acidificam. Assim, a ação natural dos componentes degradantes do suporte ocasiona borrões, corrosão, perda de suporte e, muitas vezes, até perda de conteúdo. Estas não são as únicas causas de degradação, pois comumente identificamos a ação de fungos e xilófagos, além de manchas de tinta, gordura ou umidade. Esses são os fatores que têm contribuído substancialmente para o aumento do grau de dificuldade de leitura e transcrição da documentação manuscrita do século XIX. Entretanto, os aspectos condizentes às normas da Paleografia contribuem para que os caracteres da escrita da época estudada possam ser conhecidos. Outro aspecto que merece destaque, na leitura paleográfica da documentação Irmandades, é a sistemática presença de termos eclesiásticos e expressões latinas. Muitos são os termos que exigem o conhecimento de um vocabulário referente à linguagem eclesiástica. Pode-se perceber, então, que a habilidade da leitura paleográfica se relaciona também à necessidade de entender a especificidade da comunicação interna da Igreja. De certa forma, se ao decifrar-se uma palavra, não se conhece o seu significado, não é possível aferir o valor do conteúdo. Assim, para além do conhecimento do vocabulário e grafia da época, temos desenvolvido pesquisas no sentido de aprofundarmos mais estas competências.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueVIpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
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