Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/1986
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorGuimarães, Elias Lins-
dc.creatorSantos, Nilda Moreira-
dc.creatorAlmeida, Márcia Leane Reis de-
dc.creatorSouza, Maria das Graças Ferreira-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2020-10-26T19:05:40Z-
dc.date.available2020-10-26-
dc.date.available2020-10-26T19:05:40Z-
dc.date.issued2003-10-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/1986-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- Projeto para implantação do núcleo de estudos sobre movimentos sociais e educaçãopt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectProjetopt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleProjeto para implantação do núcleo de estudos sobre movimentos sociais e educaçãopt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoO foco principal do Projeto Núcleo de Estudo sobre Movimentos Sociais e Educação (NEMSE), em processo de criação pela Faculdade de Educação – UCSAL, é a criação de um espaço inter e transdisciplinar de estudos sobre Movimentos Sociais e sua relação com Educação. Existe uma vontade daqueles que fazem educação sistematizada de analisar como a ação educativa dos movimentos sociais contribui para a formação do profissional da educação na FACED-UCSAL, identificando as formas renovadas e ou inovadoras de Educação que os professores incorporam na sua prática pedagógica com vista à construção de novos saberes e da consciência do aluno. Além disso, as questões relacionadas a novos movimentos sociais, circuladas no cotidiano da Universidade, já demandam a criação de um núcleo de estudo, indicando pesquisas que a problemática dos movimentos sociais populares locais requer. Ainda dois fatos justificam a criação desse Núcleo de Estudo, que investigam a relação entre movimentos sociais e Educação. O primeiro articula-se com um interesse acadêmico, na medida em que existem na FACED licenciandos (graduandos) que já trabalham em espaços de movimentos sociais populares em parcerias com ONGs. O segundo investiga se em outras universidades brasileiras existem grupos de estudos sobre movimentos sociais. Segundo Gohn (2000, p.273), “cada área acadêmica criou um grupo de pesquisadores – que dialogavam e debatiam quase que exclusivamente entre si, nas reuniões das associações científicas, fóruns universitários etc.”. Movimentos sociais e educação como categorias analíticas apontam para o caráter (implicitamente) relacional dos segmentos social/cultural e educacional, demarcando a possibilidade de produção acadêmica e atuação do Núcleo de Estudos. Quanto à expressão movimentos sociais e à palavra Educação, procura-se divisar se os conteúdos da expressão “movimentos sociais”, expressão polissêmica que se refere a movimentos de mobilização de recursos, movimentos sociais tradicionais, novos movimentos sociais, movimentos sociais populares, movimentos sociais urbanos, movimentos sociais não-urbanos. Paralelamente, há também múltiplos significados atribuídos à palavra “educação”, desde que o seu significado original veio se transformando através da história. Os movimentos sociais são forças culturais indispensáveis: a expressão designa movimento e ação histórica de grupos sociais – como movimentos da classe trabalhadora. Trata-se de uma categoria dialética, a do movimento dos eventos e dos grupos sociais em oposição à estática (GOHN, 2000, p. 242). A autora assim conceitua movimentos sociais: “[...] é uma noção presente em diferentes espaços sociais: do erudito, acadêmico, passando pela arena política das políticas e dos políticos, até o meio popular [...]”. Enquanto os dicionários dão-nos conta de que a palavra Educação está ligada à alimentação, às ações de criar, educar, instruir, ensinar, os livros estão cheios de conceitos a seu respeito. Diversos autores, com enfoques diferentes das idéias apresentadas no decorrer da História, assumem a Educação a partir de diversas abordagens: educação como transmissão, educação como investimento, educação como formação profissional, educação como prática de liberdade, educação como mudança, educação como conteúdo e forma de conscientização, educação como autonomia, educação como autoconhecimento e tantos outros conceitos. Inicialmente, este Núcleo de Estudos tratará da pesquisa dos movimentos sociais, já que o seu estudo e seu entendimento irão conduzir a uma melhor compreensão da sua relação com a Educação. Desse modo, os movimentos são vistos como um conceito mais amplo, enquanto que a Educação, no espaço da FACED, é tratado como mais específico. O Núcleo de Estudos sobre Movimentos Sociais e Educação tem como objetivos construir, no espaço acadêmico da FACED/UCSAL, um centro inter e transdisciplinar de estudos sobre os movimentos sociais e a Educação, como já mencionado, que se propõe a conferir maior visibilidade às questões relacionadas aos movimentos sociais enquanto estruturas da sociedade brasileira, baiana em particular, de modo a contribuir para a reconstrução das representações simbólicas tanto das práticas dos movimentos sociais como das práticas pedagógicas que os caracterizam. Essa atividade intenciona proporcionar condições para a produção teórico-metodológica referente a questões de movimentos sociais, divulgando a produção científica acadêmica local, promovendo eventos (seminários de pesquisas, debates e cursos) em torno dessa temática, realizando pesquisas no âmbito dos movimentos sociais. Seu horizonte metodológico apóia-se nas contribuições contemporâneas contidas nas discussões e debates sobre o aspecto metodológico da temática em foco, significativas em nossas reflexões sobre o objeto de estudo movimentos. Podemos citar a contribuição de Gohn – que, em seu livro Teoria dos Movimentos Sociais – Paradigmas Clássicos e Contemporâneos, apresenta de forma sistematizada as principais teorias e os paradigmas correspondentes aos movimentos sociais enquanto produtores dos discursos das ciências sociais contemporâneas, além de um estudo dos movimentos sociais na América Latina. Ainda, delineia algumas tendências que estão sendo formadas ao redor da temática/problemática dos movimentos sociais no Brasil a partir de transformações ocasionadas pela globalização da Economia, da Política e das relações sociais e culturais. Esses estudos sinalizam para a análise da multiplicidade, da complexidade, da diferença, da alteridade em termos de lutas sociais4. Daí, a necessidade de uma visão interdisciplinar como uma proposta metodológica que mais se aproxima da complexidade da categoria movimentos sociais. As formulações teóricas interdisciplinares têm como pressupostos epistemológicos a crítica da realidade e a superação da perspectiva das metodologias quantitativas. Esse suporte teórico metodológico vai além das análises das condições objetivas na realidade das relações entre movimentos sociais e práticas pedagógicas, o que evita a redução aos limites da interpretação estatística. Dentro dessa perspectiva crítica, no próprio campo acadêmico começa a ser desmistificado o discurso tradicional dos movimentos face às denúncias da desigualdade e da discriminação. A visão de hoje questiona as diferenças culturais, rompe com modelos universais (discurso único) e nos confronta com a realidade plural, que exige novos recursos e conceitos teóricos. Para que estudar inicialmente movimentos sociais? Essa pergunta nos remete a Ítalo Calvino (1990, p. 79), que, no seu livro As Cidades Invisíveis5 apresenta a seguinte situação de diálogo entre Marco Pólo e Kublai Khan: Marco Pólo descreve uma ponte, pedra por pedra: Mas qual é a pedra que sustenta a ponte?, pergunta Kublai Khan. A ponte não é sustentada por esta ou aquela pedra, mas pela curva do arco que elas formam, responde Marco Pólo. Kublai Khan permanece em silêncio, refletindo. Depois acrescenta: Por que falar das pedras? Só o arco me interessa. Marco Pólo responde: Sem pedras, o arco não existe.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueVIpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
Aparece nas coleções:SEMOC - Semana de Mobilização Científica

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Projeto para implantação do núcleo de estudos sobre movimentos sociais e educação.pdf40.55 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.