Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/2016
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorAlbuquerque, Isabela Santos-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2020-10-27T18:39:00Z-
dc.date.available2020-10-27-
dc.date.available2020-10-27T18:39:00Z-
dc.date.issued2003-10-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/2016-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- Signos e imagens da Península de Itapagipe: um estudo da geografia da percepçãopt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectPenínsula de Itapagipept_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleSignos e imagens da Península de Itapagipe: um estudo da geografia da percepçãopt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoO projeto de pesquisa, em sua fase inicial, intitulado Signos e Imagens da Península de Itapagipe: um Estudo da Geografia da Percepção está sendo desenvolvido no mestrado em Geografia da Universidade Federal da Bahia. Foi originado a partir de estudos realizados anteriormente, os quais tiveram como locus de estudo o bairro de Mont Serrat, localizado na Cidade Baixa do Município de Salvador. A Península de Itapagipe tem características climáticas agradáveis (o clima predominante é o úmido, com temperatura média de 25.3 °C) e representatividade histórica no contexto da cidade – o que torna o ambiente propício ao lazer e ao turismo. Cientes do potencial histórico/turístico da Península de Itapagipe, as forças políticas, a iniciativa privada e as associações de moradores locais vêm implementando vários investimentos para tornarem o espaço mais atraente. Considerando sua origem colonial, vale realizarem-se estudos que investiguem e aprofundem o seu conhecimento. De forma particular, convém analisar-se como a população percebe o seu espaço. Importa saber a percepção da comunidade sobre seu espaço, fazendo emergir aquilo que existe como latência e importa nas experiências dos moradores da Península. A partir disso, pode-se identificar signos e imagens do espaço e o nível de comprometimento do poder constituído em níveis estaduais e municipais para com os problemas sócio-ambientais ali existentes. É evidente a necessidade de considerarem-se questões de naturezas histórica, ética, cultural e assim por diante, para intervir numa determinada área, pois, como sugere Milton Santos (1997), lidar com o espaço é difícil, visto que é uma entidade abstrata. Mais, o espaço é produto social, e a sua compreensão requer que se transcenda a aparência – aquilo que pode ser visto – e atinja a sua essência, geralmente omitida. Por tais razões, este trabalho será realizado com apoio dos pressupostos da percepção. A percepção é de suma importância para a análise espacial, pois através desta abordagem é possível constatar as maneiras como os indivíduos apreendem o espaço. De acordo com Santos (1978), o ponto de partida para o conhecimento é a ação que o sujeito exerce sobre os objetos e vice-versa, pois as representações não se configuram como simples justaposições, e sim como um encadeamento que vai sendo elaborado a partir das vivências. Yi Fu Tuan (1983) desperta a importância das relações dos indivíduos com o espaço. Ao indicar que estas envolvem sentimentos e relacionamentos, advindos das experiências comuns, peculiares, através do tempo, fazendo com que o lugar adquira um profundo significado, deixando de ser um espaço desprovido de conteúdos significativos. Diante do exposto, vale compreender que a interação das pessoas com os lugares se intensifica com o contato que mantêm nessa relação. Na Península de Itapagipe há uma variedade de signos e imagens que possuem representações diferenciadas para os moradores e importa diagnosticar quais são estes signos e imagens - e qual é a relação da população com o seu espaço vivido. A princípio, esta pesquisa será orientada a partir de dois enfoques, a saber: a percepção da comunidade do seu espaço vivido e a gestão local, os quais facilitarão a investigação, a análise e a compreensão de como a área da Península de Itapagipe é apreendida por sua comunidade e gerenciada pelo poder local, órgãos competentes e iniciativa privada. A percepção da comunidade do seu espaço vivido será analisada com apoio de um aporte teórico, podendo-se destacar os conceitos defendidos por Kevin Lynch (1980), Lívia Oliveira e Vicente Del Rio (1996) e Yi Fu Tuan (1980; 1983). Este último propôs a teoria-base deste enfoque: a Humanística, que foi selecionada em função de buscar explicar os fatos e/ou fenômenos apoiando-se numa perspectiva subjetiva, na qual há a união entre o pensar e o sentir, o exterior e o interior. Essa teoria possui como fundamento a Fenomenologia e, por isso, valoriza as experiências. O processo de gestão local será investigado com base nos estudos de Flávio Villaça e Júlia Andrade sobre o espaço urbano e sua gestão. Segundo Flávio Villaça (1998), é conveniente compreender o processo de formação dos lugares salientando as modificações. Para tanto, é necessário partir do social para explicar o espaço e, o retorno, do espaço para entender o social, em relação dialética. Júlia Andrade (1996) articula a importância de se garantir às pessoas, com a gestão urbana, o direito à inserção, pois, na maioria das vezes, as mudanças implementadas provocam a exclusão do cidadão do lugar em que vive e das benfeitorias realizadas. Este é o ponto crucial das questões urbana e ambiental contemporâneas: os espaços sempre serão gerenciados/utilizados de acordo com prioridades específicas de uma minoria e impostos à grande maioria? A pesquisa Signos e Imagens da Península de Itapagipe: um Estudo da Geografia da Percepção buscará também vislumbrar o conteúdo das ações do poder local na gestão espacial, pois esse fator influencia a imagem do espaço vivido. No intuito de melhor embasar as questões concernentes à temática desta pesquisa, foi necessário selecionar um conjunto de conceitos balizadores, merecendo ressalva: 1) Espaço: Milton Santos (1996) conceitua o espaço como uma categoria histórica, constituída por um conjunto de objetos e de ações em movimento dialético entre forma, conteúdo, função e materialização de interesses. 2) Espaço vivido: Edward Relph (1979) o vê como espaço de ambigüidades, comprometimentos e significados no qual estamos inextricavelmente envolvidos em nossas vidas diárias, mas o qual tomamos como óbvio. 3) Comunidade: Marcelo José Lopes de Souza (1988) a conceitua como um conjunto de pessoas que compartilham o mesmo espaço, unindo-se por laços de interesse, mas, também, de solidariedade e de amizade. 4) Percepção: Gold (1984) refere-se à função psicológica que capacita o indivíduo a converter os estímulos sensoriais em experiência organizada e coerente. 5) Signos: Husserl (1975) refere-se ao signo enquanto objeto que se constitui para nós no ato do aparecer [...]; este ato não é ainda um ato que designa, pois precisa ligar-se a uma nova intenção, a um novo modo de apreensão, por meio do qual é visado, não o que aparece intuitivamente, mas algo novo: o objeto designado. 6) Imagem: Gold (1984) refere-se à representação mental que pode formar-se mesmo quando o objeto, pessoa, lugar ou área a que se menciona não faz parte da informação sensorial atual. Diante do exposto, fica latente que a teoria de base Humanística e o sistema conceitual a ela imbricado fornecerão subsídios para a argumentação do tema deste trabalho. Por outro lado, esta pesquisa representa um estudo de caso, pois aborda uma situação específica, a realidade da Península de Itapagipe, e aquilo que é observado numa realidade específica pode servir de balizamento para outros estudos – em termos teóricos e metodológicos. O método indutivo mostra-se apto para esse tipo de enfoque, aliado ao subsídio do procedimento histórico. Além destes, serão consideradas também técnicas estatísticas e cartográficas. O procedimento histórico mostra-se relevante, pois, com seu apoio, é possível compreender as mudanças sucedidas ao longo do tempo. O locus de pesquisa apresenta características peculiares e distintas – desde o período colonial até os dias atuais e, para compreender sua essência, é necessário investigar, observar e analisar os recortes históricos. A fim de caracterizar os principais signos da Península de Itapagipe será imprescindível fazer algumas observações e entrevistas à população local; para a análise dos dados será necessário realizar pesquisas documental e bibliográfica; para apreender as imagens e os seus significados as entrevistas e produção de mapas mentais serão indispensáveis; e, no intuito de perceber as ações de gestão local, será preciso realizar um estudo documental, além de entrevistas com representantes das associações locais. Os dados obtidos com tais estudos serão tratados estatisticamente, analisados e apresentados sob a forma de gráficos, tabelas, mapas, dentre outros. Apesar de existirem várias pesquisas que investigam tal área, uma análise a partir da percepção é de fato uma tarefa inovadora – o que propicia considerá-la como portadora de originalidade. Outro fator que justifica a desejável relevância do trabalho é a investigação acerca da relação da população local com a gestão do seu espaço vivido, a fim de perceber se conhece os principais entraves e se está desenvolvendo esforços na busca por melhorias. Como perspectiva, a pesquisa Signos e Imagens da Península de Itapagipe: um Estudo da Geografia da Percepção poderá chegar a um estudo urbano na área da Geografia da Percepção considerada como área de conhecimento. A partir daí poderá oferecer subsídios para a comunidade local e órgãos planejadores, a fim de que esta possa melhor vislumbrar o seu espaço, foco deste trabalho. Além disso, a pesquisa incide numa área de expressividades histórica, cultural e turística – o que poderá resultar em contribuição para a Ciência Geográfica, ao tempo em que pelo levantamento de material bibliográfico, poderá ser útil como fonte de análises, críticas e pesquisas posteriores.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueVIpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
Aparece nas coleções:SEMOC - Semana de Mobilização Científica

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Signos e imagens da Península de Itapagipe: um estudo da geografia da percepção.pdf29.56 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.