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Campo DCValorIdioma
dc.creatorPaiva, Anderson dos Santos-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2020-11-03T16:41:54Z-
dc.date.available2020-11-03-
dc.date.available2020-11-03T16:41:54Z-
dc.date.issued2003-10-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/2065-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- Identidade cultural e desenvolvimento do artesanato no município de Cairú-Bapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectIdentidade culturalpt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleIdentidade cultural e desenvolvimento do artesanato no município de Cairú-Bapt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoEste projeto faz parte de uma estratégia iniciada em 2000, quando da execução do Projeto de Gestão Ambiental do Município de Cairú – Projeto Piloto na Vila de Garapua. Os seus resultados anteriores vieram confirmar nossas expectativas, encorajando a Fundação Ondazul e a Universidade Federal da Bahia a apresentá-lo agora de uma forma mais abrangente, contemplando o macro objetivo “Desenvolvimento do Artesanato Local”. Visando à implantação de um sistema descentralizado de gestão ambiental, este projeto busca, entre outras coisas, a reconstrução da memória cultural dos vilarejos, com vistas à produção do Artesanato Ecologicamente Sustentável. O município de Cairú, formado pelas três grandes ilhas de Cairú, Tinharé e Boipeba, foi durante quatro séculos um dos maiores fornecedores de víveres para Salvador; é, também, de vital importância para a defesa militar do estuário do Rio Una, que dá acesso ao interior do Estado da Bahia e às terras férteis do Baixo Sul. A construção, na segunda metade deste século, da estrada litorânea BR-101, contribuiu imensamente para o arrefecimento do progresso na região do Baixo Sul, uma vez que drenou todo o tráfego que anteriormente era obrigatório através dos municípios litorâneos contíguos a Cairú. A opção da nova estrada deixou o sistema viário do Baixo Sul abandonado por três décadas, praticamente isolando a região dos outros centros de comércio e serviços do Estado. Manteve-se, no entanto, a comunicação via estuário, onde as embarcações de madeira (saveiros) mantinham a região viva, transportando passageiros entre as vilas e entregando as mercadorias (pescado, piaçava, côco, dendê, cravo e pimenta do reino) produzidas na região, a Valença, que se tornou o centro de serviços e comércio de todo o Baixo Sul, principalmente por estar ligada com boa estrada à BR-101. Se, por um lado, o colapso no desenvolvimento regional resultou no resfriamento da economia do Baixo Sul, por outro lado, esses mesmos vetores anteprogresso foram os responsáveis pela preservação de um dos ambientes mais espetaculares de todo o litoral brasileiro. Durante os últimos 30 anos, o Baixo Sul ficou pulsando, latente, mantendo uma qualidade de vida razoável para os seus habitantes, que tinham na pesca e agricultura o seu sustento. O projeto tem como foco principal o município de Cairú-Ba, atingido pela demanda do turismo de massas, ocorrido mais contundentemente nos últimos 10 anos, o qual desestruturou o modus vivendi da região com a exploração sistemática dos recursos naturais e a transformação das características locais – como a improvisação de pousadas e a aquisição de suas casas pelos turistas, e conseqüentemente a mudança dos padrões originais da arquitetura das “beiradas” (vilarejos do litoral), e a migração dos antigos proprietários para as cidades vizinhas ou para a periferia das vilas, formando os primeiros subúrbios. A cultura local já começa a ser alterada, as festas populares incorporam novos padrões externos, e os jovens das vilas adquirem hábitos da cidade. Por outro lado, as pressões sobre os ecossistemas produtivos dos manguezais e recifes rochosos e coralinos começam a reduzir significativamente a quantidade de pescado, que ainda é o meio de vida de grande parte da população de Garapuá e Galeão, principais vilas atingidas pelo projeto. Hoje, as pressões mais contundentes sobre os recursos pesqueiros dos arrecifes e manguezais do município são decorrentes das atividades de mariscagem, realizadas principalmente pelas crianças do local, como apoio à auto-sustentação econômica familiar. Esta prática vem reduzindo consideravelmente os estoques de bivaldes (pescado), atingindo os ecossistemas produtivos. Desse modo, a implantação de propostas viáveis e o artesanato poderão se constituir em uma nova alternativa para diminuição do impacto ambiental. Esta meta visa, portanto, à montagem da infra-estrutura necessária ao desenvolvimento de oficinas permanentes de artesanato, realizando inicialmente, na sua sede, 05 (cinco) cursos de formação, com público-alvo de 30 pessoas, capacitando a mão-de-obra local na utilização dos recursos naturais da própria ilha, para fins de produção destinada ao comércio. Vale ressaltar que as vilas já possuem artesãos, os quais serão alocados nos cursos como instrutores e, posteriormente, darão continuidade na produção do artesanato utilizando-se da infra-estrutura montada. Através disto, o presente projeto visa o desenvolvimento da atividade artesanal, tendo como meta a melhoria da qualidade de vida dessas comunidades, não só pela possibilidade de comercialização de seus produtos – aumentando a renda familiar do grupo –, como também no auxílio à sua própria gestão dos recursos pesqueiros das vilas de Garapuá e Galeão, por representarem uma alternativa econômica viável e de baixo custo com vistas ao “Desenvolvimento Ecologicamente Sustentável”. O público-alvo é diverso, atingindo desde crianças e adolescentes, até os adultos, que poderão participar de cursos e oficinas de artesanato com recursos naturais locais, elaborando produtos com a marca de uma cultura estética e rica, compreendendo artesanato de palha, barcos de madeira (miniaturas) e artes de pesca, dentre outros. Embora a Bahia seja um dos estados de maior riqueza cultural do País, ainda não há uma política de apoio à produção artesanal e às manifestações artísticas das comunidades tradicionais como meio viável de sustentabilidade econômica. Este projeto se faz de imensa importância por se propor a construir novos meios de subsistência através da arte, com recursos locais retirados da natureza, preservando a identidade cultural e os ecossistemas, fornecendo também o apoio à Educação Ambiental e Arte-educação no desenvolvimento coletivo.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueVIpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
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