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dc.creatorFrança, Maria Lueci Ferreira-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2020-11-09T13:55:26Z-
dc.date.available2020-11-09-
dc.date.available2020-11-09T13:55:26Z-
dc.date.issued2003-10-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/2136-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- Desenvolvimento sustentável das aldeias indígenas do Semi-Árido–Bapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectDesenvolvimento sustentávelpt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleDesenvolvimento sustentável das aldeias indígenas do Semi-Árido–Bapt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoApós levantamento sócio ambiental, feito através das metodologias de observação e investigação in loco pelo grupo de coordenação deste projeto, concluiu-se que para se desenvolver uma intervenção que considere e respeite a complexa organização social e os aspectos de sobrevivência física e cultural desse povo, que promova um desenvolvimento com sustentabilidade econômica e ambiental, é preciso elaboração de um plano de ação (planejamento estratégico) de curto, médio e longo prazo, para que as atividades sejam implementadas por etapas, buscando solucionar os problemas básicos das comunidades em questão. A dizimação das populações indígenas que viviam na região, o aumento desordenado da população não-índia e muitos outros fatores sociais interromperam uma tradição natural da cultura de convivência com o semi-árido. O sistema de colonização ocorrido no Nordeste brasileiro, principalmente no estado da Bahia, provocou e agravou os desequilíbrios ambientais. A ocupação do semi-árido, a partir da colonização, deu-se com a introdução de práticas econômicas e culturais eurocêntricas que desvalorizaram o conhecimento da realidade sócio-cultural e ambiental local. Esse desconhecimento da complexidade do semi-árido conduziu à introdução das queimadas e desmatamento total pelos fazendeiros, sistemas que até hoje são praticados para a implantação de monoculturas e pastagens livres, além do uso indiscriminado de defensivos agrícolas e fertilizantes químicos (agrotóxicos), ocasionando o empobrecimento dos solos. A agricultura irrigada e as práticas introduzidas no período colonial e moderno agravaram as fragilidades ambientais que levam à desertificação acelerada, à salinização dos solos, à extinção de espécies vegetais e animais típicas das matas ciliares, e supressão de cultivos seculares, e têm conseqüências sérias, principalmente a diminuição da produção e da produtividade agrícola. Constata-se que a degradação ambiental causada pelos efeitos edafo-climáticos é alarmante, e a degradação social é crítica, principalmente pela ação do processo de extermínio e expulsão que os índios sofreram durante centenas de anos e pela desassistência governamental, o que leva a população a sobreviver durante o período de seca prolongado basicamente da venda do artesanato, extrativismo de plantas nativas da região, “caça” e da arrecadação de alimentos adquiridos como doações, quando os índios têm de fazer alguma apresentação em troca dos donativos. O interesse em estudar e elaborar um projeto que englobe várias ações que possam promover um desenvolvimento sociocultural, econômico e ambiental sustentável levou à necessidade de buscar na sociedade organizada a resposta e solução para a erradicação da “equação” da fome e da miséria nestas comunidades. Buscam-se soluções que sejam reivindicações da comunidade, que não interfiram culturalmente em seus hábitos, mas que dêem retorno sócio-econômico significativo, pois ninguém tem como cultura passar fome e viver na miséria. Devido às condições edafo-climáticas, a população do semi-árido vive em situação de miséria e a escassez de chuvas ou a má distribuição delas durante o ano é que causa a falta de água, agravando o flagelo no sertão, para minimizar esta irregularidade da natureza, possa-se criar alternativas economicamente viáveis como: • construção de cisternas de placas, em regime de mutirões educativos, envolvendo toda a família e a comunidade; • construção de pequenas barragens e reservatórios para represamento e armazenamento das águas das chuvas; • perfuração de poços artesianos, que são possíveis após estudos mais específicos e minuciosos para casos especiais; • reflorestamento do entorno das três lagoas existentes na reserva, e implantação das hortas comuns e unitárias (nos quintais de cada família), além do plantio de plantas medicinais. Com a adoção de algumas dessas medidas, pode-se ter projetos alternativos de irrigação que possibilitem a implementação de sub-projetos agropecuários e ambientais. Com os métodos de produção agrária alternativa haverá não uma intervenção cultural nos hábitos das reservas, mas sim um resgate histórico de convivência com o semi-árido. O sistema de produção usado na agricultura orgânico/natural ou agro-florestal é, na verdade, um retorno ao modo de plantio utilizado por esses povos antes da interferência do homem “branco” e suas práticas agressivas e destruidoras, desmatando e queimando tudo para implantação do método convencional de monocultura e uso excessivo de agrotóxicos e defensivos agrícolas, que causaram e agravam cada vez mais rapidamente o desequilíbrio ecológico na região. A utilização de tecnologias alternativas e o uso racional dos bens naturais e não renováveis, o manejo do solo, da água e das plantas contribuem para a auto-afirmação destes povos como verdadeiros conhecedores e guardiões deste tesouro de valor inestimável que é a natureza. Ajuda ainda na conscientização das crianças, futuros defensores do meio ambiente e depende muito do grau de organização e compromisso desta população para com o seu habitat natural. O desenvolvimento sustentável é o caminho economicamente viável, socialmente justo, ecologicamente apropriado e culturalmente adequado para as nações indígenas. Por estes motivos é que buscamos apoio financeiro para equacionar a questão do flagelo humano do povo do semi-árido, especialmente das Aldeias Indígenas, tendo como ponto de partida a Reserva Kiriri, situada a aproximadamente 300 quilômetros de Salvador, com uma população estimada em 3500 habitantes (aproximadamente 400 famílias) vivendo em terras próprias, legalizadas, medindo 13.990 hectares, mas totalmente degradadas. As residências são todas de alvenaria, mas necessitam de reformas urgentes, pois encontram-se em estado precário de conservação, muitas sem sanitário e sem reservatórios de água para consumo humano.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueVIpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
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