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dc.creatorAraújo, Sandra Regina Magalhães de-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2020-11-09T14:22:06Z-
dc.date.available2020-11-09-
dc.date.available2020-11-09T14:22:06Z-
dc.date.issued2003-10-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/2137-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- EFA de Angical - Bahia: educação e desenvolvimento sustentávelpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectEducaçãopt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleEFA de Angical - Bahia: educação e desenvolvimento sustentávelpt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoO presente projeto surgiu a partir de reflexões vivenciadas durante o Estágio Supervisionado do Curso de Pedagogia da UNEB/Barreiras – Campus IX, no ano de 1997, do qual participei como aluna. Naquela ocasião, organizamos e executamos um projeto de Alfabetização de Jovens e Adultos na Comunidade do Benfica, área de Reforma Agrária do município de Angical – Bahia. Durante o trabalho foi possível conhecer a experiência da Escola Família Agrícola, implantada em 1996, após a criação da sua Associação. O município de Angical situa-se ao Oeste do Estado da Bahia, distante da capital 885,8 Km, com uma população estimada em 17 mil habitantes, sendo que a maioria da população reside na zona rural; possui um clima seco e sub-úmido – o que possibilita as culturas do milho, sorgo, feijão, caju, amendoim, sisal, mandioca e pastagem na área do assentamento de Reforma Agrária. A consolidação da implantação da Escola Família Agrícola no município de Angical ocorreu em 5 de agosto de 1995. Sua criação, bem como suas atividades a partir de então, estão diretamente relacionadas aos movimentos sociais e sindicais: Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Igreja Católica e, principalmente, às associações da área de Reforma Agrária deste município. Essa experiência despertou-nos o interesse em conhecer melhor o projeto educativo das Escolas Famílias Agrícolas. O interesse em estudar essa concepção de educação rural surgiu a partir de alguns questionamentos, quando da visita àquela escola, e da vivenciação dessa experiência a convite da direção pedagógica, bem como das reflexões sobre educação para o meio rural. Ao longo da História da Educação Brasileira, é possível reconhecer a pouca atenção dispensada pelos poderes públicos em relação à Educação Rural. O ensino regular em áreas rurais teve seu surgimento no fim do 2º Império e implantou-se amplamente na primeira metade do século XX, especificamente a partir de 1930 – quando ocorrem programas de escolarização considerados relevantes para as populações da roça, sendo que alguns desses projetos se realizaram sob o patrocínio do Ministério da Agricultura. Contudo, passados mais de seis décadas, continua não havendo, por parte dos poderes públicos, a atenção devida à educação básica para o meio rural. Isso tem representado, historicamente, um grave dilema para os agricultores, apesar da flexibilização curricular prevista pela atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n.º 9.394/96, aprovada há quase uma década. Desta forma, muitas famílias continuam deixando a zona rural em direção às cidades, morando, muitas vezes, nos bairros periféricos, em busca de educação escolar para seus filhos, que possa significar oportunidades de um futuro melhor e emprego assalariado, entre outras coisas. Para as famílias que permanecem na área rural e que enviam seus filhos para a escola existente na comunidade, o ensino oferecido – pelo que relatam – não os prepara para permanecerem na terra. Credita-se esse fato ao modelo de escola rural ainda presente em nosso País: currículo inadequado, trabalhando os conteúdos da escola urbana, sem fazer uma adequação às necessidades e realidades do meio rural; os professores, em grande parte, não pertencem ao meio rural e, portanto, não têm uma visão dessa cultura e, finalmente, professores leigas não habilitados para trabalharem com salas multisseriadas – forma de organização das classes rurais em nosso País. Neste sentido, é possível identificar o equívoco das políticas públicas para a educação rural, que se restringe a oferecer um arremedo da escola urbana, e, por conseqüência, não habilita os filhos dos agricultores para darem continuidade às atividades dos pais, a fim de que ou permaneçam no campo com uma vida mais digna ou os qualifique para os empregos urbanos. Essa tem sido a caracterização da escola rural em nosso País, que nega a essas crianças, jovens e adultos o acesso ao conhecimento sistematizado, desconsiderando no processo ensino aprendizagem os conhecimentos acumulados historicamente, suas manifestações culturais e sociais, dentre outros saberes necessários à formação humana, com vistas à construção de uma sociedade menos desigual. Mas, nem tudo no cenário educacional rural brasileiro permanece da mesma forma, pois existem experiências bem sucedidas que promovem o auto e o sócio-desenvolvimentos locais,cuja finalidade é a de proporcionar uma formação para o indivíduo com as condições para que ele sobreviva e permaneça no seu local de origem. Essa proposta educacional se manifesta pela utilização dos pressupostos da Pedagogia da Alternância no Currículo da Escola Família Agrícola. Com uma concepção diferente de educação escolar rural, surge, numa pequena aldeia do interior da França, essa experiência educacional denominada aqui por nós de Escolas Famílias Agrícolas, como uma forma de garantir aos jovens do meio rural uma educação compatível com seu meio, visando à sua ação consciente e atuante em sua comunidade. Essas escolas caracterizam-se por uma metodologia pedagógica específica: a alternância. Essa pedagogia leva o jovem a alternar sessões na família/comunidade e escola. A alternância se dá de forma integrada, em que o trabalho e o estudo são dois momentos interligados, porque em ambos se aprende e se interage. A Pedagogia da Alternância é desenvolvida numa interação entre jovens, monitores, mestres de estágios e famílias, fazendo deles os principais agentes educacionais. Nesse contexto, é que as Escolas Famílias Agrícolas, alicerçadas pela Pedagogia da Alternância, vêm se expandindo em inúmeros países de vários continentes como a Europa, África, Ásia, América Latina e América do Norte, particularmente no Canadá. Já se encontra em discussão a formação de uma rede inter-universitária e internacional com o objetivo de mostrar a importância dessa modalidade de educação na vida do homem e no desenvolvimento de uma sociedade mais justa e mais solidária, pois a solidariedade é o eixo do desenvolvimento humano. No Brasil, essas escolas surgiram com o nome de Movimentos de Educação Promocional do Espírito Santo – MEPES, em 26 de abril de 1968 e, em 1976, surgem as Escolas Famílias Agrícolas em Olivânia, no mesmo estado, sob a liderança do jesuíta italiano Pe. Humberto Pietrogrande, ampliando-se em seguida para vários estados da Federação, quando criam a UNEFAB – União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil, fundada em março de 1982. Na Bahia, o grande batalhador foi o Padre italiano Aldo Lucchetta, que, junto com as lideranças locais, promoveu a criação dessas escolas. A primeira Escola Família da Bahia começou no município de Brotas de Macaúbas, o que incentivou outros municípios a investirem na experiência. A expansão fez surgir a necessidade de criação de uma Associação Regional que congregasse as Associações Locais mantenedoras das Escola Família Agrícola existentes Daí nasce a AECOFABA (Associação das Escolas Famílias Agrícolas da Bahia) em 04 de setembro de 1979, assessorando técnica e pedagogicamente todas essas escolas. Posteriormente, foi criada a REFAISA – Rede de Escolas de Famílias Agrícolas Integradas do Semi-árido, compreendendo os estados da Bahia e Sergipe. Dentro dos pressupostos de sustentação das Escolas Famílias Agrícolas, está o princípio da alternância integrativa, que propõe um trabalho com o educando visando à educação e à formação integral da pessoa, promovendo a relação entre o meio sócio-profissional e o centro escolar, a fim de que o jovem possa permanecer no campo de forma consciente e atuante em sua comunidade, comprometido com o meio rural e com o futuro de sua região.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueVIpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
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