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Campo DCValorIdioma
dc.creatorSantos, Ana Cristina Machado dos-
dc.creatorFialho, Nadia Hage-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2020-11-09T16:45:46Z-
dc.date.available2020-11-09-
dc.date.available2020-11-09T16:45:46Z-
dc.date.issued2003-10-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/2139-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- A educação ambiental na contemporaneidadept_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectEducação Ambientalpt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleA educação ambiental na contemporaneidadept_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoA Educação Ambiental, sob o ponto de vista contemporâneo, faz prevalecer a dimensão de um processo educacional que procura promover a conscientização de todo o indivíduo sobre as questões que envolvem o meio ambiente. Compreender a história recente da mesma e sua abrangência enquanto processo pedagógico em construção é assunto de suma importância para todos nós. Nessa perspectiva, o trabalho desenvolvido destacou, inicialmente, as circunstâncias históricas que condicionaram o uso dos recursos naturais renováveis e não-renováveis, e o modo predatório mediante o qual o homem se relacionou com o meio ambiente, ao longo dos tempos. Ponto de destaque do trabalho é o desvelamento da história “camuflada” da Educação Ambiental no Brasil, notadamente com relação ao seu conceito. Segundo Pedrini e De Paula (2000, p. 89-90), trata-se de uma “[...] confusão conceitual que tem implicado em incoerências metodológicas nos resultados apresentados nas práticas conhecidas e debatida em eventos sobre educação ambiental, [...] destituídos de um referencial teórico-conceitual, explicitado nas premissas da educação”. A discussão conceitual travada por diversos autores (MUNIZ et al., 1999) assim como por organismos oficiais (a exemplo do Ministério do Meio Ambiente e da UNESCO), a despeito da diversidade de referentes adotados, faz transparecer alguns elementos recorrentes que merecem destaque em face da sua importância para o processo educacional que a sociedade contemporânea está a exigir: (i) a EA como processo, significando sua progressiva continuidade; (ii) a EA como apoio da participação popular, subtendendo-se democracia no sentido amplo da palavra e (iii) a EA crítica e consciente dentro do cotidiano em que está inserida. Se, de um lado, a história universal do homem mostra que o desgaste do meio ambiente já ocorria (DIAS, 2000, p. 24) desde a propagação de ferramentas para a caça, cozinha e outras tarefas, acelerando-se continuadamente com o desenvolvimento de tecnologia, por outro lado, admite-se que a degradação ambiental, até recentemente, não apresentava, ainda, um grande problema à natureza, assumindo uma dimensão maior a partir da Revolução Industrial. No século XVIII, o homem começou a deslocar-se do campo para as cidades, aumentando a concentração populacional nos centros urbanos, acentuando diferenças entre o campo e a cidade (freqüentemente entendidos como “um lugar de paz e descanso” e “uma fonte de recursos necessários ao desenvolvimento dos grandes centros urbanos”). Até a metade do século XX, definia-se meio ambiente como o entorno físico – ou seja, as partes inteiras da vida de um organismo – e a ecologia era vista como uma disciplina científica que estudava a inter-relação dos seres vivos com seu ambiente natural. Hoje, a ecologia faz parte dos movimentos sociais de fundo político em defesa da natureza e da proteção do meio ambiente. Assim, começava-se a tomar forma a noção de meio ambiente, dando suporte ao surgimento do movimento ambientalista com bases conservadora / preservadora associadas às ideologias pacifistas, aos movimentos sociais, às críticas da sociedade industrial e de consumo, redimensionando o que chamamos “questões ambientais” e, conseqüentemente, o entendimento de meio ambiente (MUNIZ, 1999, p: 158-159). Essa dimensão mais ampla de meio ambiente é assumida na Conferência de Estocolmo, Suécia, e organizada pela ONU em 1972, ao ressaltar que as agressões à natureza implicam em danos à própria vida humana. Neste encontro, “[...] ficou decidido que seriam necessárias mudanças profundas nos modelos de desenvolvimento, nos hábitos e comportamentos dos indivíduos e da sociedade, e isto só poderia ser atingido através da educação” (DIAS, 1999, p 14). Mas, “[...] ao mesmo tempo, disseminava-se no Brasil o ‘ecologismo’ – deformação de abordagem que se circunscrevia à importância da Educação Ambiental (EA) à fauna e à flora, à apologia do ‘verde pelo verde’, sem que nossas mazelas socioeconômicas fossem consideradas nas análises – obliquamente incentivadas por instituições internacionais com sedes nos países ricos” (DIAS, 2000, p. 81). Na Conferência de Tbilisi, ocorrida em 1977 na Geórgia (ex-URSS), foram definidos os princípios, objetivos e características da EA, a qual “[...] teria como finalidade promover a compreensão da existência e da interdependência econômica, política, social e ecológica da sociedade; proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir conhecimentos, o sentido dos valores, o interesse ativo para proteger e melhorar a qualidade ambiental; induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e nas sociedades em seu conjunto, tornando-as apta a agir em busca de alternativas para as soluções de seus problemas ambientais, como forma de elevação da sua qualidade de vida” (DIAS, 2000, p. 83). Essas linhas gerais da EA deveriam ser cumpridas no âmbito de cada país, dentro das suas características e particularidades. No Brasil, no entanto, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) assume uma postura retrógrada, oferecendo uma abordagem reducionista, na qual a EA ficaria acondicionada nos pacotes das ciências biológicas – como queriam os países industrializados –, sem que se considerasse os demais aspectos da questão ambiental (sociais, culturais, econômicos, éticos, políticos, etc.), comprometendo o potencial analítico e reflexivo de seus contextos, bem como seu potencial catalítico-indutor de ações. Dessa forma, não seria novidade que a abordagem ecológica se espalhasse pelas escolas. Afinal, até então os professores não tinham recebido nenhuma informação sobre a natureza da educação ambiental, e esta era confundida com ecologia (DIAS, 2000, p. 84-86). Quinze anos depois, os princípios da EA estabelecidos em Tbilisi continuam atuais. A Rio- 92, em termos de EA, corrobora as premissas de Tbilisi e acrescenta a necessidade de concentração de esforços para a erradicação do analfabetismo ambiental e para as atividades de capacitação de recursos humanos na área. Assinada em 1999, a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795/99) é o primeiro documento oficial que agrega os princípios estabelecidos em Tbilisi, apresentados no art. 4º da referida Lei. Embora a referência legal já signifique um avanço – o Brasil é o único país da América Latina a estabelecer uma política nacional específica de EA (DIAS, 2000, p. 201) –, é necessário que isto não se torne “letra morta”, ou seja, o País precisa organizar-se de forma a que as Leis, elaboradas e aprovadas, sejam eficazmente disseminadas e adotadas em todo o território brasileiro. Portanto, cabe aos educadores, por meio da EA, torná-la efetiva, a fim de despertar nas pessoas o valor das atitudes conscientes sobre o meio ambiente em que vivem, proporcionando, desse modo, uma visão de interação, compromisso e interdependência – de forma sistêmica, holística e interdisciplinar, que constituem algumas das principais características da própria EA. Assim, tornou-se um dos principais objetivos da Educação Ambiental (EA) conscientizar, não no sentido reduzido (LEFF, 2001, p. 223), mas sim no sentido crítico, reflexivo e esclarecedor as pessoas, no tocante ao respeito pelas questões ambientais que as envolvem, com o intuito de formar cidadãos aptos a terem participação nas decisões cujo âmbito é o meio ambiente em que vivem. Isso engloba questões de ordem política, econômica, social e cultural de cada sociedade. No entanto, é ainda um desafio da EA consolidar-se como uma proposta pedagógica dentro dessas questões.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueVIpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
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