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Campo DCValorIdioma
dc.creatorSantos, Denise Maria de Jesus-
dc.creatorSilva, Barbara-Christine Nentwig-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2020-11-16T13:25:37Z-
dc.date.available2020-11-16-
dc.date.available2020-11-16T13:25:37Z-
dc.date.issued2003-10-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/2211-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- A geografização da coleta seletiva de lixo em Salvadorpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectLixopt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleA geografização da coleta seletiva de lixo em Salvadorpt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoO reflexo sobre o lixo e seus problemas nas últimas décadas jaz com notoriedade em diversos contextos espaciais e, com ele, a difusão de idéias de que é preciso reciclar o que a sociedade descarta como sem uso/valor em nome de uma “consciência ecológica”. Decerto que o lixo produzido por uma sociedade revela sua forma de relação com o meio, as diferenças sociais, pela relação entre poder aquisitivo – produção de embalagens, produção de lixo orgânico –, e o modo como ela o gerencia tem uma dimensão econômica, política, cultural, social e espacial. Esse processo, portanto, envolve ações de planejamento do lixo urbano, onde estão combinados interesses econômicos, a atuação dos agentes sociais, os diferentes comportamentos culturais dos grupos sociais, suas diferenças sócio-econômicas e uma lógica da produção e organização do espaço urbano. No contexto da Região Metropolitana de Salvador, o recolhimento desses resíduos tem sido feito, normalmente, com base no sistema de coleta tradicional – que admite uma forma de tratamento do lixo numa esfera de inutilidade, descarte e sem um aparente valor – pois são encaminhados para a área de destino final do lixo (Aterro Metropolitano Centro), o que repercute e influencia diretamente a vida útil desse equipamento, fato que se agrava com a escassez de áreas para tal consumo (SANTOS, 2002). De acordo com os dados de 1998 divulgados pelo CEMPRE – Compromisso Empresarial da Pesquisa Ciclosoft – Salvador desperdiça energia e capital com a coleta tradicional, gastando cerca de 4% do seu orçamento anual. Sua escala mensal de coleta seletiva do lixo não chega a 60 toneladas, a um custo de quase R$ 40,00 por tonelada. Segundo a Limpurb, em 2001, cerca de 1800 toneladas de lixo foram coletados seletivamente na cidade, representando apenas 0,12% do total coletado – cerca de 1,5 milhão de toneladas de lixo – sendo depositadas no aterro sanitário mais de 50% daquele montante. Não há dúvidas de que o custo da coleta seletiva é bem maior do que o da coleta tradicional, contudo, recolher seletivamente o lixo permite valorizar os resíduos por intermédio do seu reaproveitamento e reintrodução no ciclo produtivo, além de ser um exercício cotidiano de cidadania. Analisando por este espectro, daí decorre a necessidade de implantar outras formas de tratamento do lixo, que envolvam o que se convém chamar de coleta seletiva, a qual, segundo o último parecer – que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos – a define como o recolhimento diferenciado de resíduos sólidos previamente segregados nas fontes geradoras, com o intuito de encaminhá-los para reciclagem, compostagem, reuso, tratamento e destinação final. Nesse sentido, a Prefeitura Municipal de Salvador vem desenvolvendo um programa – Recicla Salvador – que não envolve a totalidade do espaço urbano, mas apenas alguns bairros, além da Central de Abastecimento (CEASA), o Centro Administrativo da Bahia (RECICLACAB) e a Central de Badameiros no Aterro de Canabrava, em parceria com a Cooperativa de Agentes Autônomos de Reciclagem (COOPCICLA), ligada à LIMPURB. Diante disso nota-se que a cidade de Salvador, dentro da lógica de “revitalização” urbana e reestruturação dos serviços de coleta de lixo, parece não abonar a dimensão necessária para a coleta seletiva de lixo, já que se apresenta restrita, sobretudo às áreas onde reside uma população mais abastada economicamente (Itaigara, Rio Vermelho, Amaralina, Pituba, Caminho das Árvores, Costa Azul e Stiep). Essa situação leva a conjeturar que o tipo de coleta descrito seleciona não apenas o lixo, mas também engendra uma seletividade sócio-espacial em consonância com o processo de acumulação do capital e reprodução do sistema social. Por isso, o que se pretende, com este estudo, é compreender a geograficidade do lixo coletado seletivamente em Salvador e a estrutura da gestão da coleta seletiva como suporte para o entendimento do destino do que é coletado formalmente e informalmente pelos diversos agentes sociais que, assim, determinam distintas configurações espaciais. Por meio da implantação de serviços e infra-estruturas busca-se analisar por quem, para quem e como o território/espaço referido é usado, tendo como realidades de estudo duas áreas, onde potencialmente há contrastes – Itaigara (onde predomina a coleta seletiva formal) e São Caetano (onde predomina a coleta seletiva informal). Compará-los, portanto, de modo a detectar melhor o que os diferencia em termos sócioeconômicos, políticos e culturais e em termos das experiências de coleta seletiva de lixo, já que, em uma área, a coleta seletiva de lixo vem como sinal de modernidade e, na outra, como necessidade de sobrevivência, tornando-se, portanto, ponto crucial do trabalho. Diante do recorte do tema proposto, torna-se imperativo que o lixo urbano suscite um enquadramento teórico mais refinado, a fim de permitir destacarem-se singularidades do fenômeno, e de que maneira sua compreensão contribui na análise do espaço produzido pela sociedade. A teoria desse desenvolvimento mostra-se precária e se reflete sobre a Geografia – mesmo sendo um indicativo de dificuldades, abre oportunidade de escolher-se e (re) definirem-se categorias de análise e conceitos factíveis, de várias interpretações, havendo, por isso, a necessidade de politizá-los, ou seja, estabelecer sua ligação com a ideologia.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueVIpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
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