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Campo DCValorIdioma
dc.creatorFerreira, Guadalupe César-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2020-11-17T18:36:28Z-
dc.date.available2020-11-17-
dc.date.available2020-11-17T18:36:28Z-
dc.date.issued2003-10-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/2260-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- Ações sociais de empresas privadas: filantropia como estratégia de negócios: o caso brasileiropt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectFilantropiapt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleAções sociais de empresas privadas: filantropia como estratégia de negócios: o caso brasileiropt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoDecorridas mais de duas décadas, desde que as políticas neoliberais foram postas em prática nos países capitalistas, já é possível traçar um diagnóstico dos impactos que elas estão causando no campo social, especialmente no Brasil – principal cenário para o estudo do tema proposto. A abertura dos mercados, que provocou o fenômeno da globalização, estimulou o crescimento econômico de alguns países, mas os resultados desse crescimento não contribuíram para melhorar o bem-estar da sociedade. A primazia dos mercados concentrou poder e riqueza nas mãos de um grupo muito seleto de pessoas, empresas e países, marginalizando outros. Dados do PNDU indicam que, em diversos ramos industriais, não mais que 12 empresas controlam o mercado mundial. Os países que compõem a Organização Européia para o Comércio e Desenvolvimento (OCDE) detêm 71% do comércio mundial e 58% do investimento direto estrangeiro. EUA, Japão e Alemanha foram os mais beneficiados. Em decorrência das novas políticas de ajuste neoliberal e de inovações tecnológicas, o mercado de trabalho sofreu uma profunda transformação, tendo como principais características: aumento dos níveis de desemprego, acirramento da diferenciação interna entre assalariados, retração dos salários, perdas de direitos sociais antes assegurados e a intensificação dos processos de precarização e informalização do trabalho. Em virtude das mudanças ocorridas no mundo do trabalho, as desigualdades sociais acentuaram-se, e a pobreza passou a ser o grande desafio do século XXI. Não apenas a “velha pobreza”, historicamente associada aos países pobres, mas a pobreza que se observa nos países de capitalismo avançado. A pobreza deixou de ser um problema apenas dos países pobres para ser de toda sociedade. Enfim, atrelada ao crescimento econômico ocorreu a globalização da pobreza. Entretanto, num momento em que a demanda por políticas sociais crescem assustadoramente, assistimos à deterioração dessas políticas em benefício da “estabilidade econômica”. Num momento em que o Estado deveria estar revitalizado e em condições de empreender mudanças positivas capazes de reverter a crise social provocada pelo modelo neoliberal, este se apresenta de costas para os problemas sociais. Assistimos a um verdadeiro desmonte do Estado do Bem-Estar Social. Quando políticas sociais se tornam necessárias para frear o crescimento da pobreza e da desigualdade, essas políticas tendem a ser amesquinhadas e circunscritas a um número menor de beneficiário. Se é ao Estado que se dirigem as pressões por saúde, educação, segurança e, atualmente, mais do que nunca, por emprego e renda, o não atendimento de tais demandas pelo poder público provoca na sociedade o descrédito nas instituições públicas e o sentimento contra o Estado. Em contrapartida, cresce o movimento em defesa da organização da sociedade civil para solucionar os problemas sociais. Desta realidade, surge um fenômeno atual que vem atingindo patamares jamais observados: o aumento de ações de filantropia. Esta situação é resultado da sedimentação da proposta neoliberal de reduzir o papel do Estado no campo social e de promover uma concepção de que o bem-estar é responsabilidade do próprio cidadão, e que cabe à sociedade, através de sua organização, a função de empreender ações sociais para seu próprio benefício. Desta forma, a promoção do Terceiro Setor como composto por organizações mais eficientes e capazes, quando comparadas ao Estado, irá desempenhar um papel importante na realização do projeto neoliberal. Cada vez mais, ONGs, associações comunitárias, associações de bairros, entidades religiosas, empresas privadas, encontram-se todas envolvidas com algum projeto social. Este é um fenômeno recente que vem despertando a curiosidade e demandando estudos mais aprofundados. Diante desta realidade, onde diversos atores estão engajados no sentido de promover iniciativas privadas para fins públicos, o movimento em defesa da responsabilidade social das empresas privadas surge atrelado à promoção do Terceiro Setor. Entretanto, o trabalho social prestado pela iniciativa privada não tem a capacidade de causar mudanças tão significativas que permitam a alteração do atual quadro social brasileiro. O ato da empresa investir em projetos sociais está principalmente ligado ao retorno que a atividade de fazer o bem pode trazer à empresa, ou seja, faz parte da ação estratégica das organizações privadas. Assim, a elaboração de um trabalho científico abordando o tema proposto tornou-se importante, na medida em que se propõe a oferecer subsídios que nos permitam enxergar além das aparências. Ou seja, esclarecer os verdadeiros motivos que estão por trás das ações sociais prestadas por empresas privadas e desmistificar que as empresas agem de forma desinteressada e puramente filantrópica.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueVIpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
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