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Campo DCValorIdioma
dc.creatorSantana, Olímpia Ribeiro de-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2020-11-18T12:21:48Z-
dc.date.available2020-11-18-
dc.date.available2020-11-18T12:21:48Z-
dc.date.issued2003-10-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/2277-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- Mulheres n’ a peregrinação de Fernão Mendes Pinto: árvores nos Bonsaipt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectMulherespt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleMulheres n’ a peregrinação de Fernão Mendes Pinto: árvores nos Bonsaipt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoA visão política de Portugal, no século XVI, fundamentava-se numa concepção de um mundo qualitativamente melhor, incentivada pela prometeica conquista da realidade terrena e por toda uma valoração que ia desde o superindividualismo ao absoluto prazer de viver. Nessa configuração histórica do português, o mar veio a ter um papel categórico. O grande oceano foi, assim, não só o motor que deu os mundos ao Mundo, mas, também, o espaço trágico em que pedaços do corpo nacional alimentaram o seu ventre, numa ambígua duplicidade marítima, em lógica de vida ou morte. O mar realizou, no seu corpo possuído de portugalidade, a transcendência cognoscitiva e surpreendente do passado e serviu de cemitério maior para os portugueses. A expansão marítima foi uma empresa de proporções incalculáveis para os portugueses que, como iniciadores dos descobrimentos, tiveram um grande papel nessa época e, malgrado toda ignorância desse tempo, regozijavam-se deste feito único. A façanha dos Descobrimentos deu origem a um novo gênero de discurso: os relatos de viagens. Esse campo discursivo foi considerado uma escrita quase primeira: os relatos foram elaborados concomitantemente com cartas, enviadas pelos navegantes e que tinham o objetivo de manter informados os que governavam o País. Nessa época, ainda eram bastante raras as obras que tinham como objetivo principal utilizar a palavra como meio e fim, mas a liberdade de imaginação já era algo mais preciso. Uma parte significativa dos relatos elaborados pelos viajantes não tinha objetivos literários, mas constituiu-se em fonte de pesquisa de grande valor historiográfico e passou a ser um subsídio importante em vários âmbitos. Apesar disso, a pluralidade de conhecimentos e o caráter interdisciplinar desses relatos fizeram que o reconhecimento do subgênero Literatura de Viagens fosse tardio. O conhecimento desse gênero, contudo, só se concretizou quando o entendimento do conceito de literatura ─ como fenômeno cultural e não natural ─ tornou-se mais amplo no século XX, reconquistando, após o seu estreitamento no século XIX, uma parte do espaço perdido. Essa nova forma de pensar a literatura faz com que os relatos de viagens sejam reabilitados e tenham o reconhecimento do seu valor literário. A crítica passa a reconhecer nesses textos alguns elementos essenciais à comunicação literária, entre estes a tradição e recepção especializada do público, visto que o discurso das narrativas de viagens surpreende pelo seu poder comunicativo. Não é só a presença desse elemento, no entanto, que vai reabilitar essas narrativas: geralmente seu discurso se constrói sobre a modalidade autobiográfica – em que a experiência pessoal de quem viajou garante veracidade ao que é relatado, privilegiando sempre o sentido da visão. A forma de olhar, todavia, variava de acordo com os grupos sócio-culturais e os objetivos por eles perseguidos. Assim, muitos desses discursos, já no século XX, passaram a ser considerados “literários”, porque, além de rivalizarem com a descrição de acontecimentos, tratava-se de discurso autoral, o qual organizava o conjunto de imagens percebidas do exterior-‘real’. As manifestações de simpatia ou de tolerância para com os povos descobertos são sistematicamente anuladas e restringidas, quer por interesses coloniais, quer por motivações religiosas, resultando daí uma ambigüidade ideológica ─ intolerância a novas realidades, intolerância religiosa ─ proveniente de uma visão de mundo unicamente cristã, aliada a um espírito de descoberta e de curiosidade que estava voltado para o caráter eminentemente utilitário e comercial, em que o sonho de enriquecimento afigurava-se como uma possibilidade concreta.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueVIpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
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