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Campo DCValorIdioma
dc.creatorPaes, Maria Neuma Mascarenhas-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2020-11-23T19:29:01Z-
dc.date.available2020-11-23-
dc.date.available2020-11-23T19:29:01Z-
dc.date.issued2003-10-
dc.identifier.isbn85-88480-18-12-
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/2333-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- A ressonância de algumas vozes em grande sertão: veredaspt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectVozespt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleA ressonância de algumas vozes em grande sertão: veredaspt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoDiante da pluralidade de vozes que se manifestam em Grandes Sertões: Veredas, elegemos, como corpus deste trabalho, algumas vozes que ressoam na obra através dos gêneros discursivos da oralidade como o diálogo socrático, os “causos” de exemplo, tema do folclore universal, que se apresentam em forma de citação, alusão ou analogia, instalando a interdiscursidade. Além do mais, a fala do narrador transportada para escrita pelo autor, que pode ser vista tanto como uma estratégia lingüística para manter a integridade da história narrada, como um fenômeno estético. Para tanto, utilizamos como referencial teórico o dialogismo de Mikhail Bakhtin (1981), quando ele analisa os interlocutores, bem como as diversas tipologias textuais que se apresentam no discurso polifônico. Entretanto, este trabalho restringe-se a alguns aspectos plurivocais do universo teórico de Bakhtin. Conforme Bakhtin (1981), o romance é um gênero que surgiu para representar a vida cotidiana, pondo-se a serviço de uma cultura letrada, porém, este gênero não consegue esconder as contradições que existem na formação discursiva romanesca, originadas da oralidade, em constantes transformações no meio social através da linguagem. Sendo assim, o romance permite o entrelaçamento dos discursos que circulam no cotidiano do meio social, com o discurso da literaturidade e até mesmo com o discurso bilíngüe, estimulando a dialogia interna, expressando a um só tempo diversas visões de mundo. Além disso, permite que as diferentes variedades estilísticas de tempos remotos sejam introduzidas e se misturem. Enfim, estes discursos podem se confrontar na mesma enunciação e estabelecer um diálogo entre eles. Escrever um relato histórico com um discurso romanesco sem romper com a tradição foi a maneira encontrada por Guimarães Rosa em Grandes Sertões: Veredas, para expor aspectos de um Brasil diverso do litoral civilizado, “um lugar chamado sertão do tamanho do mundo”, assim definido pelo narrador, Riobaldo, em que o homem, através da linguagem, constitui-se a peça chave. A narrativa parte da voz de um sertanejo que, ao narrar sua história, elege os signos da memória e estimula a dialogia interna, de modo que, o discurso confessional sobre si mesmo fundese com um discurso de representação coletiva. Além do mais, este discurso foge aos padrões estabelecidos pela literaturidade, que vinha sendo seguido por gerações de escritores no Brasil e vai compor o discurso do autor, um homem letrado, que transforma a história oral em escrita. Este procedimento aplicado por Guimarães é explicado por Bakhtin (1981, p.55) da seguinte forma: [...] a liberdade do herói é um momento da idéia do autor. A palavra do herói é criada pelo autor, mas criada de tal modo que pode desenvolver até o fim a sua lógica interna e sua autonomia enquanto palavra do outro, enquanto palavra do próprio herói. Como conseqüência, desprende-se não da idéia do autor mas apenas do campo de visão monológico deste. Em Grandes Sertões: Veredas, Riobaldo pode ser considerado o herói agente de seu discurso e não o objeto de manipulação do discurso do autor. Conseqüentemente, todo discurso orientado para o discurso de um outro acaba se misturando com o discurso do outro, dando origem ao “discurso bivocal de orientação única”, assim entendido de acordo com a tipologia dos discursos da prosa esquematizada por Bakhtin. Entretanto, em Grandes Sertões: Veredas encontramos outros aspectos que vão além dos diferentes grupos de linguagens, como por exemplo: os gêneros discursivos, culturas e classes sociais, constituídos de significados dinâmicos e heterogêneos que estabelecem uma relação dialógica entre eles e se completam na interação verbal, cuja diversidade discursiva é vivenciada e transformada em um discurso de representação artística.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueVIpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
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