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Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorJacques, Felipe-
dc.creatorAlmeida, Juliana Castro de-
dc.creatorOliveira, Mayana Barbosa-
dc.creatorMenezes, José Euclimar Xavier de-
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador-
dc.date.accessioned2021-01-21T18:46:33Z-
dc.date.available2021-01-21-
dc.date.available2021-01-21T18:46:33Z-
dc.date.issued2007-10-
dc.identifier.issn978-85-88480-26-1pt_BR
dc.identifier.urihttp://104.156.251.59:8080/jspui/handle/prefix/3176-
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica - Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentávelpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectVigilânciapt_BR
dc.subjectIndivíduopt_BR
dc.subjectSociedadept_BR
dc.subjectLeipt_BR
dc.subjectDesejopt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.titleEpístemes da vigilânciapt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científica (10: 2007: Salvador, Ba)pt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.description.resumoO presente projeto visa articular o funcionamento de base de uma sociedade penetrada por mecanismos disciplinares através do Panóptico de Bentham. A partir da concepção de sociedade disciplinar de Michel Foucault, busca-se problematizar os elementos teóricos com os quais Foucault constrói a teia conceitual do Panoptismo, capazes de dar conta das complexas inter-relações entre práticas do poder, de saber e de subjetivação nas instituições modernas. São apresentadas duas formas da disciplina. Num extremo a disciplina-bloco, a instituição fechada, estabelecida à margem e toda voltada para funções negativas, no outro extremo, com o Panoptismo temos a disciplina-mecanismo, um dispositivo funcional que deve melhorar o exercício do poder tornando-o mais rápido, mais eficaz, um exemplo das coerções sutis para uma sociedade que está por vir. O movimento que vai de um projeto ao outro, de um esquema da disciplina de exceção ao da vigilância generalizada, repousa sobre uma transformação histórica: a extensão progressiva dos dispositivos de disciplina ao longo dos séculos XVII e XVIII, sua multiplicação através de todo o corpo social, a formação do que se poderia chamar a sociedade disciplinar. Na obra Vigiar e Punir, a partir da invenção do Panóptico de Bentham, a prisão modelo cuja arquitetura denota uma nova tecnologia de poder dá lugar na modernidade ao poder disciplinar. Esse poder passou a imperar nas prisões, nos hospitais, nas fábricas, escolas, aperfeiçoando gradativamente seu alcance, estendendo seus tentáculos até os indivíduos. É importante ressaltar que o poder disciplinar se baseia na visibilidade, na regulamentação minuciosa do tempo e na localização precisa dos corpos no espaço, o que possibilita o controle, o registro e o acúmulo de saber sobre os indivíduos vigiados, tornados dóceis e úteis à sociedade. Os dispositivos do poder disciplinar que compreendem saberes, poderes e instituições, recobrem todos os domínios da vida humana. Instaura-se assim uma nova tecnologia do poder que se torna cada vez mais complexa e abrangente. Segundo Foucault, as relações de poder estabelecidas no século XX nas instituições, seja na família, na escola, nas prisões foram marcadas pela disciplina, cujo objetivo principal era a produção de corpos dóceis, eficazes economicamente e submissos politicamente. Para atingir esse objetivo, a partir do final do século XVIII, as sociedades começaram a distribuir indivíduos no espaço por meio de técnicas de enclausuramento e de organizações hierárquicas de lugares específicos. Todas as atividades eram controladas temporalmente, o que possibilitava, por exemplo, o isolamento do tempo de formação e do período da prática do indivíduo. Com isso a aprendizagem poderia ser normatizada e as forças produtivas seriam compostas a fim de obter um aparelho eficiente. O panoptismo, desta forma, pode ser considerado um mecanismo ideal de poder, criador de uma sociedade disciplinar, utilitária e auto - regulamentadora. Ele possibilita um aperfeiçoamento do poder, de modo que reduz a parcela daqueles que o exercem e ao mesmo tempo multiplica o número daqueles sobre os quais é exercido. Não é necessário o uso da violência para que se efetue uma sujeição real, pois estar submetido a um campo de visibilidade significa a inscrição em si da relação de poder. A eficácia do poder passa para o lado de sua superfície de aplicação. Quem está submetido a um campo de visibilidade e sabe disso, retoma por sua conta as limitações do poder, fazendo com que elas funcionem espontaneamente sobre si mesmo. É necessário compreender que nesta análise realizada por Foucault, o poder deve ser analisado como algo que funciona em cadeia, que não está nas mãos de alguns, ou seja, o poder não é um bem, mas é algo que se exerce em rede e nessa rede todos os indivíduos circulam, sendo que qualquer um pode estar em posição de ser submetido ao poder, mas também pode exercê-lo. O método utilizado na pesquisa bibliográfica é o lógico dedutivo, tendo em vista que partirá da verificação de uma premissa maior, quais seja as relações estabelecidas entre sujeito e o poder disciplinar na sociedade. Foucault faz uma crítica ao modelo jurídico—político clássico a partir do momento em que busca de diversas formas abordar a dicotomia que cria uma oposição entre soberania do século XVII e a disciplina que corresponde ao século XIX, como dois modelos de poder. Ao estabelecer essa premissa, Foucault conseguiu pensar diferentemente as relações de poder, questionando a hegemonia do modelo jurídico-político como único modelo capaz de explicar as relações de poder na modernidade, rompendo com as visões tradicionais da evolução do Direito. A abordagem da ótica de Michel Foucault e sua inovadora forma de pensar o poder, enquanto ente disposto e existente em todo lugar e a todo o momento, sendo algo sem essência própria ou centralizada, mas operado, seja pelos corpos ou através de dispositivos. Tem por finalidade utilizá-la em uma análise dos mecanismos jurídicos abordados, essencialmente, em sua obra Vigiar e Punir; não com o único motivo de elucidar uma política do poder até então desconhecida, mas para relatar seus impactos no corpo do condenado, durante o período dos séculos XVII e XVIII e alguns links com a modernidade.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.citation.issueXpt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
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