Villas Bôas, Elaine Cristina CartaxoRabinovich, Elaine Pedreira (Orient.)2025-09-302025-09-302017https://ri.ucsal.br/handle/123456789/5745Esta dissertação aborda a percepção das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras sobre a relação com a família de origem e a família religiosa. Buscou-se analisar como se processou a relação das freiras com sua família de origem a partir da decisão em tornarem-se religiosas; identificar as mudanças ocorridas na relação com a família de origem após tornarem-se freiras; investigar a existência de conflitos internos durante imersão na vida religiosa além de compreender como a família religiosa tem influenciado a relação com a família de origem. Para entendimento desta relação foi necessário conhecer como se processou, ao longo do tempo, o vínculo de pertencimento e seu contexto religioso e sociocultural, pois, desde cedo, elas tendem a abdicar da convivência familiar quando decidem entrar para a vida religiosa. A estratégia metodológica utilizada foi pesquisa qualitativa, descritiva, realizada com freiras residentes no Convento Sagrada Família, na cidade do Salvador/BA. Foram incluídas freiras que residem no convento Sagrada Família, as que mantêm contato com a família de origem e as inseridas na família religiosa há mais de dez anos, assim como as que necessitaram requerer licença da Fraternidade. Excluíram-se as religiosas que apresentaram déficit cognitivo ao mini-exame do estado mental e as que não desejaram participar da pesquisa. Foi realizada entrevista em profundidade mediante aplicação de um questionário semiestruturado. Por conseguinte, realizou-se análise do conteúdo, das entrevistas, das nove informantes-chave. O fator motivador para a entrada na vida religiosa foi expresso pelo chamado enquanto vocação. Este chamado ocorreu na adolescência para a maioria das informantes e a entrada para a vida conventual ocorreu a partir da década de 40. Elas mantiveram contato com seus familiares durante as diferentes fases da vida religiosa, porém sempre respeitando as ordens da Congregação. Atualmente irmãos e sobrinhos se fazem presentes já que as informantes estão na faixa etária de 50 a 90 anos de idade. Foi evidenciado que a relação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras com a família de origem sofreu mudanças a partir do momento em que decidiram entrar para vida religiosa por causar tristeza e decepção em seus pais e irmãos em virtude do rompimento temporário do vínculo familiar, assim como pela perda da filha nos afazeres domésticos e no auxílio para criação a dos irmãos, quando da ausência da mãe ou pelo grande número de irmãos. No entanto, foi observado que as famílias reelaboraram esta perda quando a filha assumia o hábito sendo gerado um status social para os familiares.ptFreiraRelação familiarReligiosasIrmãs Franciscanas HospitaleirasO olhar das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras sobre a relação com a família de origem e a família religiosa em Salvador/BaDissertação