Lima, Fernanda VianaRabinovich, Elaine Pedreira (Orient.)2025-03-282025-03-282022-11-17https://ri.ucsal.br/handle/123456789/5401A família, na perspectiva relacional, configura-se a partir das interações na conjugalidade, parentalidade, fratria e parentela. Embora se espere ser um espaço de desenvolvimento de laços fraternos e afetivos, as relações familiares podem se revelar como espaços onde se travam relações conflituosas e desarmônicas. Esta pesquisa se propôs a analisar as relações familiares na fratria, a partir dos processos judiciais de Inventário, que tramitam nas Varas de Família e Sucessões de Itabuna e Ilhéus, na Bahia. O inventário é o procedimento sucessório judicial para a partilha de bens deixados pelo falecido, cujos herdeiros são instados a compor, quando não existir consenso entre eles. Através da combinação entre a metodologia quantitativa, na primeira fase da pesquisa, e a qualitativa, na segunda etapa, buscou-se inicialmente a contabilização dos processos de inventário nos quais se verificasse o litígio entre irmãos, e posteriormente, a partir do critério da acessibilidade, foi realizada entrevista narrativa com irmãos na condição de litigantes em juízo. A relação fraterna sofre influência parental e de terceiros, como os cunhados, cuja influência pode impactar de forma a fortalecer os vínculos, ou ao contrário, a afastar os irmãos, a ponto de causar o rompimento das relações. Os resultados encontrados na primeira etapa, indicaram que a morosidade dos processos de inventário não possui como causa principal o litígio entre irmãos, mas o não pagamento do ITCMD. Na etapa da pesquisa qualitativa, constatou-se que o processo judicial é utilizado como uma forma de ajuste de conta entre os irmãos. Outro fator encontrado foi a interferência negativa dos cunhados na relação da partilha dos bens, como fator agravante do litígio entre irmãos.ptInventário judicialLitígioDireito de famíliaO inventário judicial como ferramenta para um ajuste de contas na família: o dilema dos irmãosTese