Albuquerque, Esther Bemerguy deMourad, Laila Nazem (Orient.)Alencar, Cristina Maria Macêdo de (Membro da Banca)Pinto, Rubens Marcelo de Campos (Membro da Banca)2025-12-032025-12-032025-08-25https://ri.ucsal.br/handle/123456789/5808A Amazônia permanece, ainda no século XXI, como espaço-fronteira para acumulação capitalista, agregando novos processos a essa função como os aparatos logísticos e as redes multimodais de transporte que aceleram a realidade espaço-temporal dessa região. Nesse modelo, preserva-se a inserção subordinada da Amazônia a interesses exógenos à região, nacionais e internacionais, representados desde o século passado pelo advento dos grandes projetos minerais, agropecuários e hidrelétricos. O objetivo deste estudo é compreender, a partir de uma abordagem histórica do planejamento governamental para a Amazônia, como a territorialização das grandes corporações exportadoras de soja no Tapajós foi potencializada pela ação estatal, a partir da implementação de novas legislações e aparatos regulatórios favoráveis à organização da atividade logística por essas corporações que se beneficiaram de concessões, privatizações, financiamentos públicos, da financeirização do agronegócio, do uso das infraestruturas correlatas e da flexibilização do controle de terras públicas. A análise destes arranjos para a apropriação exploratória do território do corredor Tapajós permite concluir que o projeto logístico implementado nessa região demonstra profunda natureza colonialista, associada ao formato de enclave expropriador de riquezas regionais tangíveis e intangíveis, o que possibilita consequências que decerto terão potenciais de desarticular os modos de vida dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia.ptAgronegócioLogísticaAmazôniaFinanceirizaçãoCorredor Tapajós - a nova ordenação do território amazônico visando a competitividade da soja brasileira no mercado mundial: o caso da Hidrovias do BrasilDissertação