Bastos, Lyege de Lima BorgesSá, Sumaia Midlej Pimentel (Orient.)Rabinovich, Elaine Pedreira (Membro da Banca)Costa, Lívia Alessandra Fialho da (Membro da Banca)Moreira, Lúcia Vaz de Campos (Membro da Banca)Amorim, Rita da Cruz (Membro da Banca)Neves, Sinara Dantas (Membro da Banca)2025-12-162025-12-162025-10-21https://ri.ucsal.br/handle/123456789/5811A comunicação parento-filial é uma dimensão fundamental para a compreensão do funcionamento familiar, pois é a via pela qual se estabelecem as interações e se qualificam as relações. Ela desempenha um papel decisivo no desenvolvimento emocional, cognitivo e social de crianças e adolescentes, influenciando diretamente o bem-estar familiar e o futuro de seus membros. Diante dessa relevância, este estudo qualitativo, de caráter exploratório e descritivo, teve como objetivo identificar a coconstrução de sentidos e significados atribuídos aos processos comunicacionais na dinâmica relacional entre pais, mães e filhos(as) adolescentes. Para tanto, adotou-se a metodologia de Narrativas de Vida, fundamentada na Abordagem Sistêmica Familiar e na Teoria da Comunicação Humana. Participaram da pesquisa quatro adolescentes, dois do sexo masculino e duas do sexo feminino, entre 15 e 18 anos, membros de famílias nucleares, bem como seus respectivos genitores, todos residentes na área urbana do município de Feira de Santana-Ba. A coleta de dados envolveu um questionário sociodemográfico e entrevista narrativa, permitindo a exploração das percepções familiares acerca das trocas afetivas, das atitudes parentais e filiais diante dos conflitos emergentes, das práticas educativas cotidianas e da identificação dos sentimentos mobilizados nas partilhas de situações problemáticas. A análise dos dados foi realizada por meio do método Interpretação dos sentidos (Minayo, 2014). Os resultados evidenciaram que a afetividade foi reconhecida como recurso fundamental para o fortalecimento dos vínculos e da coesão familiar, manifestando-se por atitudes de acolhimento, aceitação incondicional, disponibilidade emocional e respeito mútuo. As mães foram percebidas como mais engajadas, especialmente na mediação de conflitos e no apoio diante de situações problemáticas, denotando sentimento de confiança mútua. Por sua vez, os pais apareceram como mais reativos e distantes, sobretudo nas relações com filhos do sexo masculino, demonstrando dificuldades nessas interações. Estratégias como a metacomunicação e a autorreferência parental mostraram-se eficazes na negociação de regras e limites, ao passo que o time out, adotado por adolescentes, contribuiu para a prevenção de escaladas conflituosas. Constatou-se ainda uma predominância da tipologia familiar consensual, do estilo parental autoritativo e de práticas educativas indutivas e dialógicas, atravessadas por transmissões intergeracionais de valores culturais e religiosos. Entre as limitações desta pesquisa, destaca-se a amostra com participantes pertencentes ao mesmo estrato social e contexto sociocultural. Sugere-se a replicação com ampliação da amostra e investimentos futuros em estudos comparativos entre famílias com diferentes níveis sociais e em contextos socioculturais diversificados. Ressalta-se ainda necessidade de aprofundar discussões sobre temas sensíveis, como sexualidade e uso de tecnologias digitais.ptComunicação parento-filialAdolescênciaFamília nuclearNarrativasCoconstrução de sentidos e significados nos processos comunicacionais familiares: narrativas de pais, mães e filhos(as) adolescentesCoconstruction of meanings and senses in family communication processes: narratives of fathers, mothers, and adolescent childrenTese