Browsing by Author "Silva, Antonio Carlos da (Orient.)"
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Item Cidadania e música: olhares criativos, entre as processualidades e as pontes para o devir [PUBLICAÇÃO NÃO AUTORIZADA](UCSal, Universidade Católica do Salvador, 2021) Peixoto, Dilson Araújo Alves; Silva, Antonio Carlos da (Orient.)PUBLICAÇÃO NÃO AUTORIZADA.Item Elas e eu – pedacinhos de mim: a importância da sororidade como resgate do gossip para combate às violências(UCSal, Universidade Católica do Salvador, 2021) Santos, Leila Rocha Medrado; Silva, Antonio Carlos da (Orient.)Esta tese é uma contribuição à crítica da sociedade brasileira patriarcal e proposição de uma solução de combate às violências contra mulheres possibilitando a cura de relações abusivas e encorajando o rompimento do ciclo de violência através da força aglutinadora das mulheres vivenciada na sororidade, resgatando e ressignificando o gossip. Construiu-se a pesquisa a partir da história de vida de uma mulher (in)comum e (in)diferenciada, uma matemática, a prof.a Nilza Rocha Medrado Santos, que superou inúmeras dificuldades e tornou-se referência, como pessoa e como profissional, para muitas outras mulheres, formando uma rede de ajuda entre elas, uma irmandade em um exercício real de sororidade. Esta tese foi desenvolvida analisando e interpretando a dinâmica da vida cotidiana desta divisão entre a esfera privada (a “mulher” dona de casa) e a esfera pública (a “mulher professora” do Instituto de Matemática da Universidade Federal da Bahia), para conhecer e compreender as “mulheres-cientistas” que habitam um mundo no qual os ditames são masculinos e a lógica da sobrevivência do mais apto prevalece. Dada à impossibilidade de entrevistá-la, pois não se encontra mais entre nós, contou-se sua história por meio de depoimentos e entrevistas com pessoas que a conheceram e assim se dispuseram a relatar o impacto que essa mulher teve na vida delas e de outras mulheres, além de registros documentais. Apresenta-se a realidade de violência e precariedade vigente em uma sociedade brasileira marcada pelo poder, dominação e iniquidade com relação à diversidade de gênero, raça, etnia, classe social e territorialidade para em seguida irmos costurando esse tempo vivo de memórias, saberes e lições de mulheres que conseguiram romper com preconceitos da época e suprimir o ciclo de violência. A proposição é aprender, com seus exemplos, superar a violência através da sororidade assim projetando-se para além delas em um “novo modelo” a partir e através da visibilidade e não apagamento da memória histórica dessas mulheres que nos antecederam na resistência e luta “por direitos a ter direitos”. Compreender a (im)possibilidade do “Ser” mulher, enquanto “sujeito de direito”, é a confirmação da falácia da igualdade democrática em um sistema que preza pelo insaciável processo de mercantilização de todos os aspectos da Vida. Portanto, amplia a condição de corpos femininos em contínua precariedade, alienação de políticas públicas e sujeição cotidiana à violência – pois exclui o feminino do espaço político ao estabelecer limites à reprodução. Neste contexto, o nosso objetivo foi compreender a cultura de violência contra as mulheres para pensar instrumentos que façam frente às múltiplas violências e à letalidade do machismo, uma vez que a produção legislativa e de políticas públicas somente não tem conseguido sanar.Item O empreendedorismo materno e a manutenção das estruturas patriarcais: novo discurso, velhas propostas(UCSal, Universidade Católica do Salvador, 2020) Ribeiro, Júlia Machado; Silva, Antonio Carlos da (Orient.)Erigida na linha de pesquisa “Estado, Desenvolvimento e Desigualdades” do programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Políticas Sociais e Cidadania, esta dissertação é uma contribuição à reflexão sobre a convergência entre o discurso e a vivência do empreendedorismo materno como veículo para o alcance da emancipação feminina. Amplamente divulgado em redes sociais e sites, o empreendedorismo materno é relacionado ao empoderamento e emancipação das mulheres, contudo, é apresentado numa perspectiva mercadológica. A proposta é de tornar possível a execução das atividades produtivas e reprodutivas concomitantemente pelas mulheres mães. Após a entrada da mulher no mercado de trabalho de forma maciça nos anos 1970, a presença feminina na disputa por postos laborais não trouxe emancipação. Elas continuam a receber salários menores, ainda são responsáveis (quase que exclusivamente) pelos cuidados com a família e com o lar, sem olvidar que ocupam menos cargos de chefia (esfera pública e privada). O desnude da realidade que circunda a proposição do empreendedorismo materno como “solução” à possibilidade de execução de ambas as atividades pelas mães torna-se imprescindível. Nos momentos em que a crise estrutural do capital se torna aguda, a incapacidade da sociedade produtora de mercadorias de integrar as pessoas com marcadores diversos daqueles existentes no ser considerado universal (homem, branco, ocidental do Norte global) evidencia a conformação social em bases excludentes. O empreendedorismo materno, ao propor a conciliação do trabalho produtivo e reprodutivo como forma paradoxal de inclusão feminina ao sistema de produção social de mercadorias, tenta encobrir as distorções do sistema ao não discutir a divisão sexual do trabalho e a incapacidade de absorção igualitária das pessoas no mercado de trabalho. Proceder à análise do momento atual da crise estrutural do capital, da realidade da mulher no mercado de trabalho, da formação histórica do papel feminino dentro da sociedade de mercado e do utilitarismo da subjugação da mulher para a implementação e continuidade do sistema produtor de mercadorias se mostra de suma importância. Conhecer as politicas públicas e legislação voltadas à proteção do trabalho da mulher indicam qual o papel do Estado nesta conjuntura. O objetivo, pois, deste estudo é verificar os efeitos da adoção do empreendedorismo materno como instrumento hábil ao alcance da emancipação feminina. A metodologia está pautada em vinculações qualitativas a partir de revisão bibliográfica, uso de dados quantitativos e entrevistas com mulheres que narraram suas experiências (aplicando o método bola de-neve).