Uma proposta metodológica para os estudos ambientais em Microbacias Hidrográficas: o caso do Rio Capivara Pequeno
dc.citation.issue | VI | pt_BR |
dc.creator | Sacramento, Martônio Ferreira | |
dc.creator | UCSAL, Universidade Católica do Salvador | |
dc.date.accessioned | 2020-11-09T14:38:05Z | |
dc.date.available | 2020-11-09 | |
dc.date.available | 2020-11-09T14:38:05Z | |
dc.date.issued | 2003-10 | |
dc.description.resumo | A preocupação com o meio ambiente e com as relações entre sociedade e natureza constituem, hoje, tema da maior importância. A consciência de que os recursos são finitos e devem ser administrados com racionalidade está cada vez mais presente em todas as esferas de decisão. A chamada questão ecológica que emergiu após a Segunda Guerra Mundial transformou-se, antes de tudo, num tema social e imprescindível à formação da cidadania. Em outras palavras “A degradação ambiental é, por definição, um problema social” (BLAIKIE e BROOKFIELD apud GUERRA E CUNHA, 1987, p. 342). Sabe-se que, com o crescimento populacional, a apropriação dos recursos naturais é necessária e essencial. Com ela surgem também os diversos problemas de ordem ambiental em decorrência, na maioria das vezes, da falta de um planejamento sócio-ambiental que respeite as fragilidades do meio ambiente. Porém, o crescimento populacional e a conseqüente pressão que esse crescimento proporciona sobre o meio físico não é a única nem a principal causa da degradação ambiental, até porque, nos países periféricos, a exemplo do Brasil – onde o crescimento populacional é hipertrofiado – apenas uma parcela muito reduzida da população tem acesso de maneira irrestrita ao consumo. O modelo de capitalismo que impulsiona o consumismo exagerado como forma de ampliação do lucro, está, talvez, no cerne da questão. E assim, na busca de atender à demanda crescente de matérias-primas, fontes de energia e novos espaços para a especulação imobiliária, o sistema produtivo apodera-se dos recursos naturais, mudando a face do planeta, dia após dia, redesenhando as paisagens e modificando sobremaneira o cenário natural. O processo de apropriação dos recursos naturais é universal, e quanto mais avançam as sócio-tecnologias, mais rápido esse processo se torna. São caminhos irreversíveis que consomem grande quantidade de áreas, muitas delas ecossistemas frágeis e extremamente importantes para a manutenção do equilíbrio ecológico local e até regional. A degradação ambiental não pode ser entendida como uma conseqüência inerente aos atos do homem ou da civilização – é necessário buscar as causas concretas dessa degradação: “[...] se não quisermos que a ação do homem continue a ser depredadora, é conveniente organizar a ação dos homens entre si e substituir as velhas relações capitalistas [...].” (BIOLAT, 1973, p. 118). São preocupantes as seqüelas de ordem ambiental que a maioria dos grandes centros urbanos têm apresentado, como é o caso da Região Metropolitana de Salvador – RMS. É para esse ponto que dirigimos nosso olhar. Ao escolhermos o rio Capivara Pequeno como objeto desta pesquisa, não o fizemos por acaso. Trata-se de um tributário do rio Jacuípe, cuja bacia hidrográfica está compreendida pela chamada Bacia do Recôncavo Norte. A microbacia do rio Capivara Pequeno, abrangendo uma área de aproximadamente 38 Km2 no município de Camaçari, apresenta uma extensão de aproximadamente 12 Km e desemboca próximo à foz do rio Jacuípe. A área de drenagem é de aproximadamente 26 Km2. Esta é uma área que apresenta, hoje, múltiplas funções, detectando-se um intenso processo de industrialização, alavancado pela implantação na década de 1970 do Pólo Petroquímico de Camaçari: a especulação imobiliária que, partindo de Salvador, avança em direção à BA 099 - “Estrada do Coco”, alcançando os limites com o estado de Sergipe; as atividades turísticas incrementadas pela recente ampliação da BA 099, nesta segunda etapa denominada “Linha Verde”; e os grandes empreendimentos hoteleiros estabelecidos ao longo do circuito Estrada do Coco – Linha Verde, alcançando os municípios de Mata de São João e Entre Rios, estes já na mesoregião do Litoral Norte. Em razão das singularidades naturais que apresenta e das transformações oriundas de um processo descontrolado de ocupação, as faixas litorâneas exigem programações específicas para o seu manejo, e é nesta perspectiva que se devem inserir os projetos destinados ao gerenciamento de sistemas naturais litorâneos, a exemplo da área do rio Capivara Pequeno. Trata-se, neste caso “[...] de um mecanismo capaz de articular um conjunto de ações destinadas a prover as regiões costeiras de critérios que assegurem o aproveitamento racional dos seus recursos naturais e uma ocupação humana ordenada” (BRESSAN, 1996, p. 90). A principal função deste mecanismo, entretanto, está em detectar possíveis efeitos que são produzidos pelas intervenções antrópicas sobre o sítio natural. Neste sentido, utilizou-se um instrumental teórico-científico que inclui, além do diagnóstico ambiental, da identificação, da previsão e da interpretação dos impactos, uma definição de medidas mitigadoras e uma programação de monitoramento dessas implicações sobre o ambiente. Objetivou-se com esta pesquisa caracterizar a qualidade ambiental do rio Capivara Pequeno, analisando seu sistema natural e as implicações decorrentes das atividades antrópicas. Os objetivos específicos mais significativos são os elencados a seguir: - Elaboração de um diagnóstico sócio-ambiental da microbacia do rio Capivara Pequeno embasados nos cenários pretérito e presente; - Uma proposta de atualização do EIA-RIMA efetivado durante os projetos de implantação da APA do RIO CAPIVARA; - Avaliação do cumprimento da legislação pátria concernente às Áreas de Preservação Ambiental – APA’s; - A partir dos princípios de Preservação, Recuperação e Conservação, a elaboração de prognoses que conduzam de forma lógica a um futuro possível para a área; - Atualização e estabelecimento de novas ações de planejamento, intervenção e gerência para promover a mitigação dos problemas ambientais do rio Capivara Pequeno; - Construção de mapas identificando e definindo as células ou unidades de planejamento, sobre as quais serão efetuadas as propostas de uso e ocupação do território; - Análise da situação da fauna e da flora locais, bem como da qualidade das águas do rio Capivara Pequeno. | pt_BR |
dc.identifier.isbn | 85-88480-18-12 | |
dc.identifier.issn | 85-88480-18-12 | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://ri.ucsal.br/handle/prefix/2138 | |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Católica do Salvador | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.initials | UCSAL | pt_BR |
dc.relation.ispartof | SEMOC - Semana de Mobilização Científica- Uma proposta metodológica para os estudos ambientais em Microbacias Hidrográficas: o caso do Rio Capivara Pequeno | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Ambiental | pt_BR |
dc.subject | SEMOC - Semana de Mobilização Científica | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Sociais e Humanidades | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Multidisciplinar | pt_BR |
dc.title | Uma proposta metodológica para os estudos ambientais em Microbacias Hidrográficas: o caso do Rio Capivara Pequeno | pt_BR |
dc.title.alternative | SEMOC - Semana de Mobilização Científica | pt_BR |
dc.type | Artigo de Evento | pt_BR |
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