Histórias que divertem e advertem
dc.citation.issue | VI | pt_BR |
dc.creator | Barreiro, Joselice Macedo de | |
dc.creator | UCSAL, Universidade Católica do Salvador | |
dc.date.accessioned | 2020-11-18T13:59:59Z | |
dc.date.available | 2020-11-18 | |
dc.date.available | 2020-11-18T13:59:59Z | |
dc.date.issued | 2003-10 | |
dc.description.resumo | É sempre motivo de interesse, em sala de aula, nas primeiras séries do ensino fundamental, a leitura de fábulas concebidas como uma história que tem como personagens animais que se comportam como homens, protagonizando seus defeitos, seus comportamentos às vezes não muito desejáveis, terminando sempre com um ensinamento moral. Este tipo de narrativa foi endossado como um dos instrumentos educacionais. Mas nem sempre são apenas as crianças que se sentem atraídas pelas fábulas. Através dos séculos escritores vêm produzindo fábulas ou imitando as dos antigos ou criando novas. Mesmo entre nós, não podemos esquecer escritores como Monteiro Lobato, Millor Fernandes, etc. seus continuadores, abordando-as à sua maneira. Este trabalho está inserido em um projeto de pesquisa coletivo “Estudo diacrônico de fábulas da Antigüidade clássica à modernidade”, uma das linhas de pesquisa do Núcleo de Estudos da Análise do Discurso (NEAD) da Universidade Católica do Salvador. Ao propormos o projeto de pesquisa individual “Uma releitura de fábulas de Fedro” do qual esta comunicação faz parte, um de nossos objetivos foi o de propiciar a professores do ensino fundamental e médio informações que os levem a entender a dimensão dessas histórias. Sobre a função das fábulas, Fedro afirma no Prólogo do Livro I “Este livrinho tem duplo mérito: faz rir e dá sábios conselhos para a conduta na vida”. Nesta comunicação, além de focalizarmos o conceito de fábula, sua origem, esboçamos traços da figura de Fedro, o primeiro e mais importante cultivador da fábula entre os romanos, dando exemplos de sua obra, pela análise de duas de suas fábulas, sob a ótica da Análise do Discurso, da linha francesa, aplicando alguns pressupostos teóricos como, condições de produção do sentido, heterogeneidade discursiva e polifonia. Uma pergunta vocês poderiam fazer: afinal, o que é uma fábula, e qua1 é sua origem? Inicialmente, ela tinha dois significados: eram diálogos adaptados ao teatro. Ou era um relato simples, curto, de ficção, significado acolhido pelos fabulistas. A fábula tem uma origem muito antiga, inicialmente com seu aspecto de apólogo animalesco, provérbios etc. costumavam viajar de país em país, sem uma forma definitiva com variadas e anônimas vestes. Este gênero narrativo sempre teve que adaptar-se às necessidades do momento em que eram elaboradas. A tradição atribui a criação das fábulas a Esopo, personagem mítico grego e bastante polêmico, mesmo quanto à sua existência, deixando no esquecimento Fedro, também de origem grega, feito escravo e levado a Roma, onde foi alforriado pelo imperador Augusto. Parece que viveu também durante o império de Tibério, estendendo-se aos de Calígula e de Cláudio. Não é muito o que se sabe de sua vida. Embora tenha recebido a carta de “manumissio” dada por Augusto que sempre o protegeu, reconhecendo seu engenho e inteligência, sua obra permaneceu desconhecida nos meios culturais e intelectuais de seu tempo. O modelo de Esopo continuou a ser o único válido. O próprio Fedro diz no Prólogo acima citado, “Foi Esopo quem, em primeiro lugar, encontrou esta matéria (temática). E eu a poli em versos senários” (jâmbicos). Fedro transferiu para o contexto romano as fábulas (reunidas em cinco Livros), elevando esta narrativa, geralmente em prosa, à poesia. Mesmo assim, a fábula constituía um gênero menor, diante do que consideravam a grandeza da epopéia e da lírica, porque estavam sempre voltadas para o povo, criticando os governantes. A própria versificação, os “senários jâmbicos”, é uma das características que aproximavam a fábula do povo, bem como sua temática. A fábula representava o outro lado da epopéia e da lírica, pois era a vida de todo o dia, a vida medíocre comum, servil, espécie de comédia humana. O espírito popular de reivindicações, que já existia um pouco na natureza e na origem da fábula, encontrase e se redefine nos cinco Livros das Fabulas Aesópicas de Fedro, tendo sido seu autor possivelmente atraído pela situação dos escravos que não podiam externar seus pensamentos. Podemos ler no epílogo de seu Livro III a afirmação de que desde criança aprendeu que a gente humilde, o “plebeu”, não pode falar abertamente. Por isso, faz falar os animais. | pt_BR |
dc.identifier.isbn | 85-88480-18-12 | |
dc.identifier.issn | 85-88480-18-12 | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://ri.ucsal.br/handle/prefix/2280 | |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Católica do Salvador | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.initials | UCSAL | pt_BR |
dc.relation.ispartof | SEMOC - Semana de Mobilização Científica- Histórias que divertem e advertem | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Histórias | pt_BR |
dc.subject | SEMOC - Semana de Mobilização Científica | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Sociais e Humanidades | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Multidisciplinar | pt_BR |
dc.title | Histórias que divertem e advertem | pt_BR |
dc.title.alternative | SEMOC - Semana de Mobilização Científica | pt_BR |
dc.type | Artigo de Evento | pt_BR |
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