Perfil clínico epidemiológico da Leishmaniose Visceral no município de Camaçari (Ba) nos últimos três anos (2000-2002)
dc.citation.issue | VI | pt_BR |
dc.creator | Alves, Lidiane Carmo | |
dc.creator | UCSAL, Universidade Católica do Salvador | |
dc.date.accessioned | 2020-11-04T16:47:24Z | |
dc.date.available | 2020-11-04 | |
dc.date.available | 2020-11-04T16:47:24Z | |
dc.date.issued | 2003-10 | |
dc.description.resumo | A Leishmaniose Visceral é uma zoonose típica de áreas tropicais, uma doença que, por muito tempo, foi confundida com outras enfermidades tropicais devido à febre que ela causa. Esta doença (LV) acomete as células do Sistema Fagocítico Mononuclear (SFM), ocasionando alterações em órgãos como baço, fígado, medula óssea – podendo comprometer o estado geral do individuo e até levá-lo a óbito, caso não seja tratado. É uma doença silvestre, que atinge os mamíferos como o cão, a raposa, e, também, o homem. Pode-se encontrar em outros animais, mas vai depender da região; no Sudão, por exemplo, tem-se o esquilo como reservatório. A Leishmaniose Visceral é causada por um protozoário, a Leishmania donovani, transmitida pela picada do inseto vetor, também hospedeiro intermediário do parasito, a fêmea do gênero Lutzomyia. Segundo estimativa da OMS (1998), a prevalência da Leishmaniose Visceral no mundo, em 1997, era da ordem de 2,5 milhões de casos, com uma incidência de 500 mil casos e com 80 mil óbitos naquele ano (REY, 2001). É uma doença típica de zonas rurais, que ocorre em regiões de clima tropical e subtropical do mundo, sendo observada na Ásia, América, África e Europa. No Brasil, a LV predomina nos estados costeiros (Pará ao Paraná), e, também, em estados centrais (Minas Gerais, Goiás, e Mato Grosso do Sul); apesar de ser tipicamente rural, ela está avançando para os centros urbanos, tendo sido encontrada em Santarém (PA), São Luis (MA), Natal (RN), Aracajú (SE), Belo Horizonte (MG) e Corumbá (MS). Este avanço é devido ao desmatamento que vem ocorrendo, alterando o ecossistema dessas cidades. O Nordeste (Maranhão- Bahia) é a principal área endêmica, liderando a estatística com 92% dos casos, seguido do Sudeste, com 4%, Norte, com 3%, e Centro-Oeste, com 1%. O Maranhão é o primeiro estado com maior incidência de LV, com 199 casos notificados no primeiro semestre do ano de 2002 (segundo dados do jornal A Tarde); já a Bahia, ocupa o segundo lugar. Em 1995, a Bahia liderava as estatísticas com 1.638 casos, representando 30% dos casos no Brasil; em 1998 foram 594 casos; em 1999, 576; em 2000, 879 e em 2001, 610. A doença já chegou a Salvador; está mais concentrada, porém, em Irecê, Feira de Santana, Jacobina, Jequié e Região Metropolitana de Salvador, com destaque para Camaçari, onde está avançando para regiões como Monte Gordo, Jauá, Barra do Pojuca, Arembepe, Abrantes e Barra de Jacuípe. Até o dia 06 de novembro de 2002, foram notificados seis casos novos em Salvador e 623 casos novos no Estado (dados fornecidos pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia - SESAB no ano de 2002). Em nosso meio, as crianças de até 4 anos de idade são as mais atingidas, sendo que a incidência é maior no sexo masculino (PESSOA, 1982). O calazar predomina em áreas rurais, mas também ocorre nas cidades, em bairros periféricos que guardam algumas características de zona rural. O contato do vetor com o homem e o reservatório é favorecido com a existência de habitações péssimas, situadas próximas às matas e /ou plantações, e que abrigam animais domésticos ou de criação em seus quintais. Pode ser encontrado nas faixas de planícies litorâneas e nos vales e sopés das serras do sertão semi-árido (REY, 2001). O calazar é uma doença que compromete o SFM e, ao infectar o indivíduo, provoca febre irregular, hepatoesplenomegalia, anemia, linfadenopatia, hipergamaglobulinemia. O doente pode vir a apresentar complicações como broncopneumonia, septicemia, manifestações hemorrágicas, caquexia, chegando ao óbito. | pt_BR |
dc.identifier.isbn | 85-88480-18-12 | |
dc.identifier.issn | 85-88480-18-12 | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://ri.ucsal.br/handle/prefix/2093 | |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Católica do Salvador | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.initials | UCSAL | pt_BR |
dc.relation.ispartof | SEMOC - Semana de Mobilização Científica- Perfil clínico epidemiológico da Leishmaniose Visceral no município de Camaçari (Ba) nos últimos três anos (2000-2002) | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Perfil clínico | pt_BR |
dc.subject | SEMOC - Semana de Mobilização Científica | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Sociais e Humanidades | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Multidisciplinar | pt_BR |
dc.title | Perfil clínico epidemiológico da Leishmaniose Visceral no município de Camaçari (Ba) nos últimos três anos (2000-2002) | pt_BR |
dc.title.alternative | SEMOC - Semana de Mobilização Científica | pt_BR |
dc.type | Artigo de Evento | pt_BR |
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