Análise sócio-ambiental da microbacia do rio Capivara pequeno – Camaçari/Bahia

dc.citation.issueVIIpt_BR
dc.creatorSacramento, Martônio Ferreira
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador
dc.date.accessioned2020-10-20T19:24:57Z
dc.date.available2020-10-15
dc.date.available2020-10-20T19:24:57Z
dc.date.issued2004-10
dc.description.resumoA preocupação com o meio ambiente e com as relações entre sociedade e natureza constituem, hoje, tema da maior importância. A consciência de que os recursos são finitos e devem ser administrados com racionalidade está cada vez mais presente em todas as esferas de decisão. A chamada questão ecológica que emergiu após a Segunda Guerra Mundial transformou-se, antes de tudo, num tema social e imprescindível à formação da cidadania. Em outras palavras “A degradação ambiental é, por definição, um problema social” (BLAIKIE e BROOKFIELD, in GUERRA E CUNHA, 1987, p. 342). Sabe-se que, com o crescimento populacional, a apropriação dos recursos naturais é necessária e essencial. Com ela surgem também os diversos problemas de ordem ambiental em decorrência, na maioria das vezes, da falta de um planejamento sócio-ambiental que respeite as fragilidades do meio ambiente. Porém o crescimento populacional e a conseqüente pressão que este crescimento proporciona sobre o meio físico não é a única nem a principal causa da degradação ambiental, até porque, nos paises periféricos, a exemplo do Brasil, onde o crescimento populacional é hipertrofiado, apenas uma parcela muito reduzida da população tem acesso de maneira irrestrita ao consumo. O modelo de capitalismo que impulsiona o consumismo exagerado como forma de ampliação do lucro, está, talvez, no cerne da questão. E assim, na busca de atender à demanda crescente de matérias-primas, fontes de energia e novos espaços para a especulação imobiliária, o sistema produtivo apodera-se dos recursos naturais, mudando a face do planeta, dia após dia, redesenhando as paisagens e modificando sobremaneira o cenário natural. O processo de apropriação dos recursos naturais é universal e, quanto mais avançam as sócio-tecnologias, mais rápido esse processo se torna. É um caminho irreversível que consome grande quantidade de áreas, muitas delas ecossistemas frágeis e extremamente importantes para a manutenção do equilíbrio ecológico local e até regional. A degradação ambiental não pode ser entendida como uma conseqüência inerente aos atos do homem ou da civilização, é necessário buscar as causas concretas dessa degradação. “Se não quisermos que a ação do homem continue a ser depredadora, é conveniente organizar a ação dos homens entre si e substituir as velhas relações capitalistas.” (BIOLAT, 1973, p. 118). São preocupantes as seqüelas de ordem ambiental que a maioria dos grandes centros urbanos tem apresentado, como é o caso da Região Metropolitana de Salvador – RMS. É para esse ponto que dirigimos nosso olhar. Ao escolhermos o rio Capivara Pequeno como objeto desta pesquisa, não o fizemos por acaso. Trata-se de um tributário do rio Jacuípe, cuja bacia hidrográfica está compreendida pela chamada Bacia do Recôncavo Norte. A microbacia do rio Capivara Pequeno, abrangendo uma área de aproximadamente 38 Km2, no município de Camaçari, apresenta uma extensão de aproximadamente 12 Km e desemboca próximo à foz do rio Jacuípe. A área de drenagem é de aproximadamente 26 Km2. Esta é uma área que apresenta hoje múltiplas funções, detectando-se um intenso processo de industrialização, alavancado pela implantação, na década de 1970, do Pólo Petroquímico de Camaçari; a especulação imobiliária que, partindo de Salvador, avança em direção à BA 099 - “Estrada do Coco”, alcançando os limites com o estado de Sergipe; as atividades turísticas incrementadas pela recente ampliação da BA 099, nesta segunda etapa denominada “Linha Verde”, e os grandes empreendimentos hoteleiros estabelecidos ao longo do circuito Estrada do Coco – Linha Verde, alcançando os municípios de Mata de São João e Entre Rios, estes já na microregião do Litoral Norte. Em razão das singularidades naturais que apresenta e das transformações oriundas de um processo descontrolado de ocupação, as faixas litorâneas exigem programações específicas para o seu manejo, e é nesta perspectiva que se devem inserir os projetos destinados ao gerenciamento de sistemas naturais litorâneos, a exemplo da área do rio Capivara Pequeno. Trata-se, neste caso “... de um mecanismo capaz de articular um conjunto de ações destinadas a prover as regiões costeiras de critérios que assegurem o aproveitamento racional dos seus recursos naturais e uma ocupação humana ordenada” (BRESSAN. 1996, p. 90). A principal função deste mecanismo, entretanto, está em detectar possíveis efeitos que são produzidos pelas intervenções antrópicas sobre o sítio natural. Neste sentido, utilizar-se-á um instrumental teórico científico que inclui, além do diagnóstico ambiental, da identificação, da previsão e da interpretação dos impactos, uma definição de medidas mitigadoras e uma programação de monitoramento dessas implicações sobre o ambiente. Seu principal papel consiste na possibilidade de apreensão e tratamento integral da natureza, levando-se em consideração as interações entre o meio físico, biológico e sócio-econômico.pt_BR
dc.identifier.issn85-88480-18-2pt_BR
dc.identifier.urihttps://ri.ucsal.br/handle/prefix/1907
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica - Reforma Universitária Que Universidade o Brasil Quer?pt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
dc.titleAnálise sócio-ambiental da microbacia do rio Capivara pequeno – Camaçari/Bahiapt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científica (7: 2004: Salvador, Ba)pt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR

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