O impacto das recentes mudanças sobre os Artesãos da Costa dos Coqueiros

dc.citation.issueVIpt_BR
dc.creatorSilva, Patrícia Pugliesi e
dc.creatorUCSAL, Universidade Católica do Salvador
dc.date.accessioned2020-11-09T18:28:50Z
dc.date.available2020-11-09
dc.date.available2020-11-09T18:28:50Z
dc.date.issued2003-10
dc.description.resumoO presente trabalho é fruto de uma pesquisa realizada em algumas localidades na Costa dos Coqueiros, a partir da realização de um trabalho desenvolvido pelo Instituto de Hospitalidade com artesãos de distintas comunidades: Massarandupió, Canoas, Água Comprida, Curralinho, Sauípe, Estivas, Diogo, Santo Antônio e Areal. O Instituto de Hospitalidade é uma organização não-governamental que mantém diversos projetos integrados de desenvolvimento nas comunidades em variados segmentos. Um desses projetos é o atendimento das populações concentradas no entorno de empreendimentos turísticos no Litoral Norte da Bahia, a Costa dos Coqueiros, de forma a proporcionar alternativas para um aumento da renda para essas comunidades e mecanismos geradores de sinergia com os empreendimentos. O contato com essas comunidades viabilizou a construção de um estudo de caso sobre a sua inserção em uma nova realidade. O objeto desse estudo foram os artesãos destas localidades e suas respectivas ocupações. Partiu-se da concepção de que as referidas comunidades vêm atravessando profundas transformações a partir da última década: melhoramento das vias de acesso com a Estrada do Côco e a Linha Verde; novos loteamentos; instalações de complexos hoteleiros; atuação de ONGs – que têm provocado modificações na região e por analogia no mercado de trabalho local. Assiste-se a um cenário marcado pelo aparecimento cada vez maior de turistas e visitantes, tecendo novas oportunidades de negócios. Antes desse novo cenário, as comunidades supra citadas viviam economicamente isoladas e praticando uma economia artesanal e de subsistência. O desemprego atingia fortemente a população, que, na maioria das vezes, dedicava-se à mariscagem, ao serviço doméstico ou precisava se deslocar para outras localidades em busca de trabalho. Diante da percepção de uma mudança econômica que teceu uma nova realidade, muitos visualizaram nas atividades artesanais, que já eram realizadas tradicionalmente nas comunidades, a oportunidade de usufruírem uma renda maior. Neste aspecto, cumpre ressaltar que a matéria-prima principal para a confecção dos artesanatos em questão é encontrada em abundância na região da Costa dos Coqueiros: piaçava e junco. Em comunidades como essas, a informalidade de atividades como o artesanato viabiliza a conciliação dos afazeres domésticos com a necessidade de garantia de renda para complementação do orçamento familiar. Este aspecto característico das atividades artesanais permite incluí-las no caráter polissêmico do conceito de informalidade. Neste trabalho, delimitou-se atividade informal a relação em que o produtor direto, de posse dos instrumentos de trabalho e com a ajuda ou não de mão-de-obra familiar ou de auxiliares, produz bens ou presta serviços para o mercado. Assim, este trabalho está fundamentado na vertente que caracteriza a atividade informal da seguinte forma: o ator principal no processo é o produtor-trabalhador, o qual possui um extenso controle sobre todo o processo de trabalho; o produtor-trabalhador combina a posse dos instrumentos de trabalho com os conhecimentos específicos de sua atividade, associando-os com sua capacidade de gerir o pequeno negócio; o processo de produção pode apresentar descontinuidades ou até mesmo ser fragmentado em tarefas de acordo com a demanda, com as oportunidades, com o momento ou com a sazonalidade do negócio; a renda gerada visa a, primeiro, garantir a reprodução do produtor e de seu núcleo familiar, e depois, a manutenção da atividade; há uma forte heterogeneidade no perfil ocupacional desses trabalhadores; a forma como o processo de trabalho é exercido depende da cultura, experiência de vida, personalidade e renda auferida do produtor-trabalhador. Diante do exposto, torna-se necessário associar o caráter informal do artesanato com a promoção do desenvolvimento sustentável local, aproveitando os recursos naturais disponíveis e os custos de oportunidades surgidos. Desse modo, cumpre destacar a importância da presença de ONGs, da iniciativa privada e de organismos governamentais orientando e monitorando a população sobre preservação ambiental, conscientização ecológica, capacitação para o trabalho, atendimento ao turista, etc.pt_BR
dc.identifier.isbn85-88480-18-12
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttps://ri.ucsal.br/handle/prefix/2150
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.relation.ispartofO impacto das recentes mudanças sobre os Artesãos da Costa dos Coqueirospt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectArtesãospt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
dc.titleO impacto das recentes mudanças sobre os Artesãos da Costa dos Coqueirospt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR

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