A geograficidade da reforma agrária: uma análise das mudanças na organização espacial dos assentamentos rurais na Bahia

dc.citation.issueVIpt_BR
dc.creatorSantos, Flavio Luis Assiz dos
dc.date.accessioned2020-10-19T13:51:05Z
dc.date.available2020-10-19
dc.date.available2020-10-19T13:51:05Z
dc.date.issued2003-10
dc.description.resumoA pretensão deste estudo é fazer uma análise introdutória das mudanças na organização espacial dos assentamentos de Reforma Agrária, tomando como referência as pesquisas realizadas em diversos assentamentos na Bahia, como pesquisador do Projeto Integrado de Pesquisa “A Geografia dos Assentamentos na Área Rural” (Projeto GeografAR)3 e como estudante do Mestrado em Geografia da Universidade Federal da Bahia. A pesquisa foi realizada a partir de investigação bibliográfica e cartográfica, entrevistas com técnicos de órgãos públicos, membros de movimentos sociais de luta pela terra e com os assentados, bem como de vivências em projetos de assentamento. Ao longo de seu desenvolvimento o capitalismo tem transformado, sobremaneira, a atividade agrícola no Brasil, submetendo a propriedade fundiária à lógica da acumulação ampliada do capital e – como característica inerente ao próprio capitalismo –, aumentando muito as desigualdades sociais e territoriais no campo brasileiro. A “modernização conservadora” foi estimulada durante os governos militares, que praticavam uma política de incentivos aos grandes e médios proprietários, enquanto negligenciavam os pequenos produtores e “enganavam” os semterra com promessas de uma reforma agrária que nunca saiu da lei. A urgência de se realizar uma reforma agrária no País justifica-se a partir da necessidade de, pelo menos, amenizar as injustiças causadas pela expropriação de pequenos produtores ao longo do processo de capitalização da agricultura brasileira, pelo simples fato de milhares de trabalhadores não terem sequer um hectare de chão para plantar e sobreviver. Portanto, é produto desse contexto sócio-histórico a intensificação dos conflitos de terra em todo o País e, como resposta a isso, a organização mais forte dos expropriados e as vítimas da conservação modernizadora. É dentro deste contexto que, em 1984, surge o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Este movimento [...] nasceu em um processo de enfrentamento e resistência contra a política de desenvolvimento agropecuário, implantada durante o regime militar. Esse processo é entendido no seu caráter mais geral, na luta contra a expropriação e contra a exploração do desenvolvimento do capitalismo. O MST é parte de um movimento histórico da luta camponesa no Brasil desde Canudos, Contestado, Porecatu, Trombas e Formoso, os camponeses brasileiros vêm lutando pelo direito à terra. Chegam ao final do século XX sem ainda ter conquistado, em sua plenitude, esse direito. (FERNANDES, 1998, p.26) Esses trabalhadores rurais sem terra, hoje, de maneira mais organizada, estão lutando para reverter esse quadro, a partir de uma proposta efetiva de reforma agrária. Assim, a reforma agrária deve representar uma mudança radical na estrutura fundiária do País e propiciar uma democratização do acesso à terra. Atualmente, apesar de o ritmo e a extensão do que é realizado sob o nome de reforma agrária no Brasil estar aquém das necessidades e aspirações dos trabalhadores, ela modifica o atual arranjo espacial do campo brasileiro, trazendo repercussões geográficas importantes. A mudança do acesso à propriedade da terra transforma o uso que se faz de uma parte do território nacional e logo modifica o espaço geográfico. Não obstante todos os problemas encontrados nos Projetos de Assentamento implantados no Brasil, estes representam uma realidade que já está posta, e é preciso ser mais bem entendida. Este é, portanto, o objetivo central desta pesquisa.pt_BR
dc.identifier.isbn85-88480-18-12
dc.identifier.issn85-88480-18-12pt_BR
dc.identifier.urihttps://ri.ucsal.br/handle/prefix/1859
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.relation.ispartofSEMOC - Semana de Mobilização Científica- A geograficidade da reforma agrária: uma análise das mudanças na organização espacial dos assentamentos rurais na Bahiapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectReforma agráriapt_BR
dc.subjectSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
dc.titleA geograficidade da reforma agrária: uma análise das mudanças na organização espacial dos assentamentos rurais na Bahiapt_BR
dc.title.alternativeSEMOC - Semana de Mobilização Científicapt_BR
dc.typeArtigo de Eventopt_BR

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