Ciberespaço, Cibercorpo, Ciberaprendizagem: o novo status do conhecimento
dc.citation.issue | VI | pt_BR |
dc.creator | Xavier, Raimundo Cláudio Silva | |
dc.creator | UCSAL, Universidade Católica do Salvador | |
dc.date.accessioned | 2020-11-17T17:18:52Z | |
dc.date.available | 2020-11-17 | |
dc.date.available | 2020-11-17T17:18:52Z | |
dc.date.issued | 2003-10 | |
dc.description.resumo | O ciberespaço são redes de comunicação digitais, espaço não-físico, mais especificamente neste estudo, a WWW – world wide web ou simplesmente web – parte multimídia da internet; o cibercorpo é a denominação utilizada aqui para referenciar o novo híbrido de homem-máquina a partir da relação do corpo com o ciberespaço; ciberaprendizagem trata da construção do conhecimento entre o cibercorpo e o ciberespaço. Desses elementos, percebe-se estar sendo gestada uma nova estrutura social do conhecimento. Esta proposta decorre da necessidade de compreender como se dá o novo conhecimento gestado a partir do uso das novas tecnologias de informação e comunicação, mais especificamente o computador em rede, sobretudo considerando esse novo espaço, o novo corpo – usuário, mediador, interlocutor – e a aprendizagem construída nessa relação. Aponta para a necessidade de pensar a educação na contemporaneidade, os corpos e as relações com os novos espaços e as tecnologias de aprendizagem. Esta necessidade tem se tornado freqüente no desenvolvimento de atividades relacionadas com as disciplinas que venho lecionando em instituições de ensino superior, na cidade de Salvador- Bahia, especificamente nos cursos de comunicação, quando são tratadas e discutidas questões acerca do uso das novas tecnologias de informação e comunicação, suas especificidades como interface, hipertexto, multimídia, hipermídia e realidade virtual – possibilidades e potencialidades –, o que tem solicitado reflexões, novas práticas e comportamentos frente aos modos do fazer e do aprender, considerando os espaços/cenários, corpos/atores (sujeitos?) e, principalmente, as aprendizagens. Para tanto, abordo interface que permite revelar o potencial instrumental de artefatos materiais e de comunicação (BONSIEPE, 1994, p. 144); hipertexto, como informações textuais combinadas com imagens (animadas ou fixas) e sons que promovem uma leitura (ou navegação) não-linear, baseada em indexações e associações de idéias e conceitos, sob a forma de “links” – portas virtuais (LEMOS, 1998, p. 35); quanto à multimídia, não é tão somente o uso de várias mídias (sonoras, imagéticas, textuais), mas também a interatividade dada em ambiente de informática (ROCHA, 1997, p. 33); já a hipermídia é a disposição em um WEB site, por exemplo, dos elementos constituintes do hipertexto e da multimídia (XAVIER, 2001, p. 61); finalmente, o conceito de realidade virtual utilizado aqui é o de uma realidade que se pode tocar e sentir, ouvir e ver através dos sentidos reais, em ambiente computacional (KERCKHOVE, 1997, p.80). Hoje, entendendo as transformações por que passou a humanidade, como o surgimento do alfabeto, a tipografia de Gutenberg, a descoberta da fotografia, dos raios-X e ondas eletromagnéticas, a energia elétrica e a disseminação dos signos pelos aparelhos eletrônicos, etc., pode-se concluir que o mundo não é mais o mesmo, pois foi transformado pelas descobertas. A transmissão do conhecimento não se dá somente através da oralidade, o individualismo surge em detrimento da coletividade enquanto que e os mass-media3 reforçam a existência de um pensamento único (início de uma nova coletividade?)4. É acrescentado a isto um momento muito específico de transição na história da humanidade, e que diz respeito não somente ao final do século XX e à chegada de um novo milênio, transição de períodos, mas, sobretudo, às transformações sociais ocorridas nessa transição. Decerto, o desenvolvimento científico e tecnológico que compreende a nossa contemporaneidade tem colocado em questão o operativo de todas as áreas do conhecimento humano e que ocorre com o deslocamento cada vez mais veloz do corpo e da mensagem, por uma necessidade do indivíduo se locomover e transportar, comunicar e informar, mais rápida e eficazmente – o que fez surgir os conceitos de telêmica e telemática, que neste estudo permeiam o entendimento sobre as relações entre o corpo e as tecnologias, levando em consideração os espaços e as possibilidades de aprendizagem. Pode-se chegar à contemporaneidade, que para Laurentiz (1991, p. 72) é caracterizada pela busca de valores extramateriais, e perceber o surgimento das novas tecnologias de informação e comunicação ou computador em rede (reforçando o conceito de telemática), em que se mudam e se multiplicam os espaços, os homens e as relações estabelecidas a partir da interconexão (conexão de computadores), favorecendo uma relação que já não é mais homem-máquina, técnico-mecânica – em que estão claros os limites do ligar e desligar motores de todos os tipos ou tubos de raios catódicos e rádios transmissores – mas, uma nova relação potencialmente digital, ou seja, entre 0 e 1, síntese numérica em que se baseia o ambiente computacional. Faz emergir um novo espaço, não físico e desterritorializado, ciberespaço. Dessa caracterização e da relação que se estabelece no e com o ciberespaço emerge um novo corpo, agora não somente o corpo que se estende, como argumentou Marshall McLuhan (1996, p. 14), mas também o corpo que se multiplica a partir de novas extensões, próteses ou mediações tecnológicas (o computador em rede, ciberespaço), o que implica em questões de identidade do sujeito. Da relação entre o novo corpo, cibercorpo e o novo espaço, ciberespaço, também emergem novas sociabilidades a partir das relações instituídas e instituintes, nele, com ele. Nessas novas relações em tempo-real, em que se trocam produtos e / ou serviços, se produz e consome ao mesmo tempo, se estabelecem novas relações, espaços e possibilidades de aprendizagem, aqui denominada de ciberaprendizagem. Neste sentido, ao investigar a inter-relação espaço, corpo, aprendizagem, proponho uma análise e compreensão desse novo contexto, de forma a contemplar o entendimento que se tem de como se dá a produção do conhecimento em espaço de síntese a partir desses vetores (ciberespaço, cibercorpo, ciberaprendizagem), de modo a descobrir se há consciência e entendimento sobre as questões que permeiam a aprendizagem em rede: nova coletividade; imagem-informação; papéis; conceitos de realidade e virtualidade; percepções sobre transformações; identificação de influências. | pt_BR |
dc.identifier.isbn | 85-88480-18-12 | |
dc.identifier.issn | 85-88480-18-12 | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://ri.ucsal.br/handle/prefix/2252 | |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Católica do Salvador | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.initials | UCSAL | pt_BR |
dc.relation.ispartof | SEMOC - Semana de Mobilização Científica- Ciberespaço, Cibercorpo, Ciberaprendizagem: o novo status do conhecimento | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Conhecimento | pt_BR |
dc.subject | SEMOC - Semana de Mobilização Científica | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Sociais e Humanidades | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Multidisciplinar | pt_BR |
dc.title | Ciberespaço, Cibercorpo, Ciberaprendizagem: o novo status do conhecimento | pt_BR |
dc.title.alternative | SEMOC - Semana de Mobilização Científica | pt_BR |
dc.type | Artigo de Evento | pt_BR |
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