Browsing by Author "Vasconcelos, Pedro de Almeida (Membro da Banca)"
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Item A territorialização da umbanda na cidade de Poções-Ba(UCSal, Universidade Católica do Salvador, 2018) Meira, Célio Silva; Alencar, Cristina Maria Macêdo de (Orient.); Vasconcelos, Pedro de Almeida (Membro da Banca); Mourad, Laila Nazem (Membro da Banca); Carmo, Roney Gusmão do (Membro da Banca); Miranda, Carmélia Aparecida Silva (Membro da Banca)Esta tese, ora aqui apresentada, objetivou tratar do processo cultural da territorialização das tradições religiosas de matriz africanas e afro-brasileiras existentes no município de Poções-Bahia, especialmente, no tocante a religião da Umbanda. O supracitado município localiza-se no Território de Identidade do Sudoeste Baiano, área historicamente conhecida como “Sertão da Ressaca”, onde habitaram os índios Botocudos, Pataxós e Mongoiós que interagiram, destacadamente, com portugueses, italianos, espanhóis e, sobretudo, com os africanos, sendo estes, na sua maioria, congoleses e angolanos. Apesar de a Bahia ser nacional e internacionalmente conhecida pelos seus famosos terreiros de candomblé de nação, notadamente o Ketu, na cidade onde foi desenvolvido este estudo, destacam-se, de modo particular, os cultos de Umbanda como um dos elementos marcantes na composição da territorialização do território estudado. Sendo a supracitada religião resultado da bricolagem de outras culturas religiosas como: a católica, a kardecista, a indígena e a afro-brasileira, além de elementos culturais sertanejos, oriundos da agricultura, da pecuária que foram e ainda são atividades preponderantes na região - as figuras do boiadeiro e consequentemente do boi aparecem como elementos marcantes na vida da sociedade local -, talvez por isso, povoe o imaginário coletivo da grande maioria dos terreiros estudados, na condição de entidade mais cultuada. As controvertidas figuras de Exus e Pombagiras, os Orixás e outros Caboclos, além dos Encantados Martim e Marinheiro, são as entidades mais cultuadas nos Terreiros de Umbanda em Poções, após o culto a boiadeiro. O conteúdo da territorialização da Umbanda em Poções conforma uma cultura peculiar, um dentre os tantos modos de viver e de ser brasileiro. Constatou-se a presença e a diversidade na composição das tradições religiosas populares, como marca de uma identidade local e territorializada de grupos sociais que foram e ainda são na contemporaneidade historicamente subalternizados e ou marginalizados pela naturalização e pela legitimação de um conhecimento hegemônico, pautado, sobretudo, pelo elemento branco, masculino e heterossexual, promovendo, com isso, a invisibilidade social desses coletivos e impedindo o questionamento da diversidade de saberes que compõem as sociedades e suas mais variadas espacialidades. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se de uma abordagem qualitativa e a Etnografia como método. Na busca dos dados de campo, fez-se uso da entrevista semiestruturada com os líderes e adeptos da religião de Umbanda, da observação participante dos terreiros em rituais púbicos e privados no decorrer da execução da pesquisa.Item Celebração da liberdade: candomblé e desenvolvimento humano em Cachoeira-BA(UCSal, Universidade Católica do Salvador, 2019) Correia, Sandro dos Santos; Alencar, Cristina Maria Macêdo de (Orient.); Vasconcelos, Pedro de Almeida (Membro da Banca); Flexor, Maria Helena Matue Ochi (Membro da Banca); Santana, Marise de (Membro da Banca); Santos, Janio Laurentino de Jesus (Membro da Banca); Soares, Emanoel Luis Roque (Membro da Banca)Esta Tese, “Celebração da liberdade: Candomblé e desenvolvimento humano em Cachoeira-BA.” tem como objetivo verificar quais são as estratégias utilizadas pelos adeptos de Candomblé para superar os obstáculos e dificuldades para terem acesso ao desenvolvimento no território de Cachoeira-Ba, utilizando como principal base a teoria do economista e filósofo indiano Amartya Sen, Desenvolvimento como Liberdade. Toma-se como metodologia de abordagem análise e síntese e como metodologia de procedimento as pesquisas de campo, através de entrevistas abertas - presencialmente ou pelas mídias eletrônicas -, com lideranças políticas e/ou religiosas, consulta a documentos históricos, Mapas, jornais de grande circulação, observação in loco, publicações oficiais de órgãos como a SEPROMI, o IPHAN e o IPAC, a Secretaria de Segurança Pública do estado da Bahia, bem como revisões bibliográficas, de publicações de acadêmicos com destaque no tema. Apresenta-se o estudo do período de 1976 a 2018. A periodização definida em razão do Decreto Estadual da Bahia 25.095, de 25 de janeiro de 1976, que desobrigava os Terreiros de Candomblé de pedir autorização à então Delegacia de Jogos e Costumes para a realização de cultos religiosos. No limite final, de 2018, se mostra alguns eventos importantes observados in loco, a fim de se apontar as permanências e inovações nos rituais e ações humanas. Compreende-se que a perseguição oficial ao Candomblé tem raízes no período oficial da Escravidão, apesar de haver sido abolida oficialmente em 1888, e se expressou na renovação do preconceito, discriminação e racismo com a criminalização das práticas oriundas dos povos africanos escravizados, inferiorizados e subalternizados. Os principais resultados desta Tese demonstram que houve avanços com relação aos direitos civis e políticos dos baianos/cachoeiranos em comparação aos ancestrais africanos e ao período escravocrata, das proibições de cultos livremente.Item Gentrificação nos bairros do Carmo e Santo Antônio Além do Carmo em Salvador: uma nova realidade?(UCSal - Universidade Católica do Salvador, 2019-03-28) Santos, Alex Medeiros; Mourad, Laila Nazem (Orient.); Vasconcelos, Pedro de Almeida (Membro da Banca); Nokano, Anderson Kasuo (Membro da Banca)O fenômeno da gentrificação está sendo estudado e discutido em vários centros históricos ocidentais, que vem sofrendo com os seus efeitos. Apesar do conceito já ser conhecido no Brasil, ainda existem poucos estudos, especialmente em termos locais, que possibilitem uma maior discussão sobre o tema. Os bairros do Carmo e Santo Antônio Além do Carmo são um dos mais tradicionais de Salvador, remontando ao início da cidade, fazendo parte do Centro Histórico de Salvador. O objetivo da pesquisa é analisar a existência da gentrificação e seus efeitos nesta área devido aos processos de revitalização, requalificação e reabilitação ocorridos nas regiões vizinhas, do início do ano de 2000 até 2018. Procurou-se entender como, e, de que forma se dá a estruturação do espaço fundiário, com as modificações do uso do solo, bem como analisar a relação entre os novos proprietários de imóveis e a área. Para isso, buscou-se identificar e analisar os principais investidores e empreendimentos/projetos executados após o processo de revitalização do Centro Histórico, quais as modificações fundiárias em seguida as aquisições das propriedades, buscando responder quem são os agentes, e influências na área estudada. Assim, a proposta de estudo usa uma abordagem orientada para a propriedade fundiária, onde procura examinar a relação entre mudanças na propriedade e ocupação e seus efeitos sobre a poligonal estudada. Para atingir este objetivo, a pesquisa incorpora uma análise qualitativa aprofundada dos dados que refletem vários aspectos da atividade de renovação na escala das propriedades individuais e sua interação com a venda das unidades imobiliárias e o perfil dos novos proprietários.