O direito da mulher à cidade: opressões no espaço público de Itabuna-Ba
creativework.keywords | Planejamento Urbano e Regional/Demografia | |
creativework.keywords | Territorialização e Desenvolvimento Social | |
creativework.publisher | Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação | |
creativework.publisher | Território, Ambiente e Sociedade | |
dc.contributor.author | Nascimento, Milena Damasceno | |
dc.contributor.author | Jesus, Liliane Vasconcelos de (Orient.) | |
dc.contributor.author | Oliveira, Liana Silvia Viveiros de Viveiros (Coorient.) | |
dc.date.accessioned | 2025-05-02T15:09:31Z | |
dc.date.available | 2025-05-02T15:09:31Z | |
dc.date.issued | 2023-04-20 | |
dc.description.abstract | O processo de formação das cidades se deu de forma patriarcal e racista, onde somente os homens brancos tinham o direito à participação e guiavam as decisões relacionadas ao planejamento urbano para atenderem às suas necessidades e desejos. Com isso, as mulheres tiveram a sua presença e permanência no espaço público segregadas e as cidades foram postas como espaços que não as pertencem. A cidade de Itabuna, localizada no sul do Estado da Bahia, não foge à regra. Seu ordenamento urbano parte de uma visão androcêntrica, onde as mulheres estão sujeitas a seguir um papel social e um comportamento pré-definido para evitar sofrer assédio e violência de gênero. A pesquisa tem como objetivo principal analisar em quais dimensões o ordenamento da cidade interfere no exercício do direito à cidade das mulheres de Itabuna. Para tanto, foi feita uma pesquisa de campo por meio da aplicação de questionários, tanto no Centro da cidade quanto de forma online, com mulheres cisgênero e transgênero, entre dezoito e setenta anos, com o intuito de apreender como são suas rotinas na cidade, de que forma o espectro da violência interfere em seus caminhos, quais as emoções atreladas às suas vivências e como esses fatores interferem não só no seu direito à cidade como também no seu entendimento do que é a cidade. A metodologia utilizada tem caráter qualitativo, com foco na análise das subjetividades presentes nos relatos fornecidos pelas entrevistadas. Por meio de quadros, gráficos, nuvem de palavras e mapeamento colaborativo, desenvolvidos através desta análise, é possível constatar que o espectro do medo orienta a forma como as mulheres de Itabuna vivenciam e interpretam a cidade. As discussões estão apoiadas em um referencial teórico multidisciplinar nos estudos de gênero, cuidado, planejamento urbano e direito à cidade, guiadas autores e autoras com contribuições relevantes e atuais sobre os temas, como David Harvey (2022), Lefebvre (2016), Leslie Kern (2021), Maricarmen Gómez (2022) e Serafina Amoroso (2022). Os resultados aqui apresentados demonstram que o urbanismo e o planejamento urbano da cidade necessitam ser repensados a partir de uma perspectiva de gênero que inclua as experiências das mulheres em suas políticas públicas e propriamente urbanas. Além disso, é proposta a via da socialização do cuidado, entendendo que, por serem as maiores responsáveis pelo trabalho de cuidado, as mulheres necessitam que haja uma coexistência entre o espaço privado e público, que possibilite a divisão destas tarefas e o alívio em suas jornadas de trabalho, para que assim elas consigam dispor de tempo para atuar como agentes participativas e transformadoras nas esferas de decisão que envolvem o planejamento das cidades. | |
dc.identifier.uri | https://ri.ucsal.br/handle/123456789/5552 | |
dc.language.iso | pt | |
dc.publisher | UCSal, Universidade Católica do Salvador | |
dc.subject | Mulher | |
dc.subject | Direito à cidade | |
dc.subject | Planejamento urbano | |
dc.subject | Política do cuidado | |
dc.subject | Itabuna | |
dc.title | O direito da mulher à cidade: opressões no espaço público de Itabuna-Ba | |
dc.type | Dissertação |