A terceira jornada de trabalho da mulher na contemporaneidade

dc.contributor.advisor1Santos, Edilton Meireles de Oliveira
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.brpt_BR
dc.contributor.referee1Santos, Angela Cristina Guimarães
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dc.contributor.referee2Barbosa, Camilo de Lélis Colani
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.brpt_BR
dc.contributor.referee3Cardoso, Maria de Fátima
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.brpt_BR
dc.contributor.referee4Cavalcanti, Vanessa Ribeiro Simon
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.brpt_BR
dc.creatorTalavera, Vera Mônica de Almeida
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.brpt_BR
dc.date.accessioned2020-10-23T18:01:45Z
dc.date.available2020-10-23
dc.date.available2020-10-23T18:01:45Z
dc.date.issued2020-07-20
dc.description.abstractThe marked presence of women in the labor market, performed outside the family environment and understood to be the second workday, has revealed women’s ongoing participation in the most varied positions and functions, despite continuing to be the persons mainly responsible for domestic activities, especially those related to the education of children, which is considered the first workday. The situation is accentuated when "it’s all up to me" is incorporated in these workdays. The emotional and psychological burden existing in this scenario sometimes prevents an optimal performance at work outside the domestic environment, while simultaneously the woman is required to be the "perfect" mother, daughter, wife, sister, excellent housewife (administrator of the home) and impeccable woman who must conform physically to the standards demanded by society. In addition to all this, there is an overburden of responsibilities at work since the workplace is demanding and competitive. In this way, professional qualification and ongoing enhancement to remain on a par with men to hold onto their job, added to their other tasks, results in a superhuman performance and an excessive workload. This even implies abnegation of personal needs, and potentially prejudices women's physical and mental health, representing a triple workday. In this context, it is observed that women are involved in multiple activities and must cope with all of them. Thus, this work sought to understand how women who develop activities inside and outside the family environment perform a triple workday, and what the implications of this are for social and family relationships and their health. This study adopted a descriptive and analytical character based on a qualitative approach. Data collection was conducted using two techniques: 1) documentary research to analyze women's work from a legal standpoint; and 2) semi-structured interviews with eighteen women who performed multiple functions and are from different social classes. The results confirmed that women are responsible for innumerable activities that cannot generally be computed. Besides being unquantifiable, the activities are practically invisible when fulfilled, however non-fulfillment results in being perceived as irresponsible or negligent even by people close to the women, according to the reports of the interviewees. In most of the narratives, overburden and overwork were identified, as well as the fact that women under scrutiny here need to struggle to cope with the lato sensu modern-day pressures and demands of the labor market that call for professional qualification, even under penalty of becoming unemployed, which would exacerbate the family financial situation. The conclusion drawn is that the triple workday has harmful implications for women's work, family life and health. From this perspective, the results of this research revealed how the triple workday is implicated in women's lives, permeating their daily lives in a subtle, invisible and immeasurable way and consequently obliging them to establish strategies to deal with and handle the pressures arising from the need to reconcile multiple activities in diverse environments, not least the domestic area.pt_BR
dc.description.resumoA presença expressiva da mulher no mercado de trabalho, exercido fora do ambiente familiar e entendido como a segunda jornada, vem demonstrando a sua participação contínua nos mais diversos cargos e funções, porém ela permanece sendo a principal responsável pelas atividades domésticas, especialmente aquelas relacionadas à educação dos filhos e consideradas como a primeira jornada de trabalho. A situação se agrava quando são inseridas nessas jornadas o “tudo eu”. A carga emocional e psicológica existente nesse cenário, por vezes, impede um completo desempenho no trabalho fora do ambiente doméstico, ao tempo que se exige mãe, filha, esposa, irmã “perfeitas”, uma excelente dona de casa (administradora do lar), mulher impecável, em que é preciso que esteja fisicamente de acordo com os padrões exigidos pela sociedade. Aliada a tudo isso, há uma sobrecarga de responsabilidades no emprego, visto que o mundo do trabalho é exigente e competitivo. Desse modo, a qualificação profissional e a atualização frequentes, para se igualar ao homem e se manter no emprego, somadas às demais tarefas resultam no desempenho sobre-humano, uma sobrejornada de trabalho, que implica, inclusive, na renúncia das necessidades pessoais, e possível comprometimento da saúde física e mental das mulheres, constituindo a tripla jornada de trabalho. Neste contexto, observa-se que a mulher está inserida em múltiplas atividades e deve dar conta de todas elas. Assim, o presente trabalho buscou compreender de que forma as mulheres que desenvolvem atividades dentro e fora do ambiente familiar executam a tripla jornada de trabalho, e quais as implicações disso para as relações sociais, familiar e para a saúde. Esse estudo assumiu um caráter descritivo e analítico, sustentado na abordagem qualitativa. A coleta de dados foi através de duas técnicas: 1) pesquisa documental, para analisar o trabalho da mulher sob os aspectos jurídicos; e 2) entrevista semiestuturada com dezoito mulheres, que exerciam múltiplas funções e de distintas classes sociais. Os resultados ratificaram que fica a cargo da mulher inúmeras atividades que geralmente não se consegue mensurar. Além de imensuráveis, as atividades, se cumpridas, são praticamente invisíveis, todavia, o não cumprimento resulta em serem qualificadas como irresponsáveis ou negligentes, até mesmo por pessoas próximas às mulheres, conforme os relatos das entrevistadas. Em boa parte das narrativas, a sobrecarga e sobrejornada de trabalho foram identificadas, como também o fato da mulher, ora em estudo, ter que se desdobrar para acompanhar as pressões e exigências do mercado de trabalho, lato sensu, na contemporaneidade, e que vem exigindo qualificação profissional sob pena, inclusive, de ficar desempregada, o que agravaria a situação financeira familiar. Conclui-se que a terceira jornada produz implicações prejudiciais para o trabalho, o convívio familiar e saúde das mulheres. Por esse prisma, os resultados dessa pesquisa mostraram como a terceira jornada está imbricada na vida da mulher, permeando o seu cotidiano de forma sutil, invisível e imensurável e, portanto, as levando a estabelecer estratégias para dar conta e lidar com as pressões advindas da necessidade de conciliação de múltiplas atividades em ambientes diversificados, principalmente o doméstico.pt_BR
dc.identifier.urihttps://ri.ucsal.br/handle/prefix/1954
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentPró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduaçãopt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.publisher.programFamília na Sociedade Contemporâneapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectFamíliapt_BR
dc.subjectMulherpt_BR
dc.subjectMercado de trabalhopt_BR
dc.subjectTripla jornadapt_BR
dc.subjectWomanpt_BR
dc.subjectLabor marketpt_BR
dc.subjectTriple workdaypt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
dc.titleA terceira jornada de trabalho da mulher na contemporaneidadept_BR
dc.typeTesept_BR

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