Doar ou não doar, eis a questão: impasses subjetivos no processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes

dc.contributor.advisor-co1Santos, Analícea de Souza Calmon
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/pt_BR
dc.contributor.advisor1Franco, Anamélia Lins e Silva
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/pt_BR
dc.contributor.referee1Moretto, Maria Lívia Tourinho
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.brpt_BR
dc.contributor.referee2Silva, Rita de Cássia Martins Alves
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.brpt_BR
dc.creatorCajado, Maria Constança Velloso
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/pt_BR
dc.date.accessioned2020-04-20T22:53:59Z
dc.date.available2020-04-20
dc.date.available2020-04-20T22:53:59Z
dc.date.issued2011
dc.description.abstractA negativa familiar para doação é um dos principais entraves do processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes no Estado da Bahia. A família é a principal responsável pela decisão sobre a doação. Consideramos a falta de informação da população como um fator relevante. Entretanto, o profissional que conduz a entrevista familiar para doação de órgãos tem um papel fundamental nesse momento de decisão. O objetivo deste trabalho é revelar os impasses subjetivos intervenientes em familiares e profissionais que participam do referido processo. Especificamente, buscamos identificar a percepção dos profissionais sobre o afeto, sentimento e emoção na experiência vivida pelos familiares, como também a sua própria experiência durante a entrevista familiar para doação. Interrogamos se os profissionais identificam e manejam os impasses subjetivos quando do acompanhamento a familiares de pacientes potenciais doadores de um hospital geral da cidade de Salvador. Questionamos se as condições de realização da entrevista familiar para doação são favoráveis para a decisão. Interrogamos se a família apresenta demanda para ser assistida em suas questões subjetivas desde um momento anterior à referida entrevista. O estudo tem como base a teoria psicanalítica e foi orientado por uma abordagem qualitativa baseada em Turato (2010) e Minayo (2010). Utilizamos três estratégias de coleta de dados: diários de campo; entrevista familiar e entrevista profissional. Foram acompanhadas dez famílias durante a realização da entrevista familiar para doação de órgãos e tecidos. Posteriormente, realizamos entrevistas individuais com um membro da família e com o profissional que conduziu a entrevista da doação. Os dez casos foram elaborados a partir dos três instrumentos acima referidos e de articulações teóricas com a psicanálise. A angústia foi o afeto mais presente nos casos analisados. Os profissionais apresentam dificuldades para lidar com os aspectos subjetivos que envolvem o processo. Outro fator significativo revelado no presente estudo foi o curto espaço de tempo oferecido à família entre a comunicação da morte encefálica e a decisão sobre a doação. Nesse sentido, a partir da teoria psicanalítica no que se refere ao tempo lógico, consideramos que a família passa do instante de ver a possibilidade da morte para o momento de concluir sobre a doação sem passar pelo tempo de compreender o real da morte. Nesse estudo houve negativa familiar em setenta por cento dos casos. Consideramos que a família, além de ser acolhida, ela precisa ser escutada em sua demanda subjetiva desde a abertura do protocolo de morte encefálica, até o momento da entrevista familiar para doação de órgãos e tecidos para transplantes.pt_BR
dc.description.resumoA negativa familiar para doação é um dos principais entraves do processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes no Estado da Bahia. A família é a principal responsável pela decisão sobre a doação. Consideramos a falta de informação da população como um fator relevante. Entretanto, o profissional que conduz a entrevista familiar para doação de órgãos tem um papel fundamental nesse momento de decisão. O objetivo deste trabalho é revelar os impasses subjetivos intervenientes em familiares e profissionais que participam do referido processo. Especificamente, buscamos identificar a percepção dos profissionais sobre o afeto, sentimento e emoção na experiência vivida pelos familiares, como também a sua própria experiência durante a entrevista familiar para doação. Interrogamos se os profissionais identificam e manejam os impasses subjetivos quando do acompanhamento a familiares de pacientes potenciais doadores de um hospital geral da cidade de Salvador. Questionamos se as condições de realização da entrevista familiar para doação são favoráveis para a decisão. Interrogamos se a família apresenta demanda para ser assistida em suas questões subjetivas desde um momento anterior à referida entrevista. O estudo tem como base a teoria psicanalítica e foi orientado por uma abordagem qualitativa baseada em Turato (2010) e Minayo (2010). Utilizamos três estratégias de coleta de dados: diários de campo; entrevista familiar e entrevista profissional. Foram acompanhadas dez famílias durante a realização da entrevista familiar para doação de órgãos e tecidos. Posteriormente, realizamos entrevistas individuais com um membro da família e com o profissional que conduziu a entrevista da doação. Os dez casos foram elaborados a partir dos três instrumentos acima referidos e de articulações teóricas com a psicanálise. A angústia foi o afeto mais presente nos casos analisados. Os profissionais apresentam dificuldades para lidar com os aspectos subjetivos que envolvem o processo. Outro fator significativo revelado no presente estudo foi o curto espaço de tempo oferecido à família entre a comunicação da morte encefálica e a decisão sobre a doação. Nesse sentido, a partir da teoria psicanalítica no que se refere ao tempo lógico, consideramos que a família passa do instante de ver a possibilidade da morte para o momento de concluir sobre a doação sem passar pelo tempo de compreender o real da morte. Nesse estudo houve negativa familiar em setenta por cento dos casos. Consideramos que a família, além de ser acolhida, ela precisa ser escutada em sua demanda subjetiva desde a abertura do protocolo de morte encefálica, até o momento da entrevista familiar para doação de órgãos e tecidos para transplantes.pt_BR
dc.identifier.urihttps://ri.ucsal.br/handle/prefix/1500
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Católica do Salvadorpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentPró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduaçãopt_BR
dc.publisher.initialsUCSALpt_BR
dc.publisher.programFamília na Sociedade Contemporâneapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectDoação de órgãospt_BR
dc.subjectImpasses subjetivospt_BR
dc.subjectEntrevista familiarpt_BR
dc.subjectNegativa familiarpt_BR
dc.subjectOrgan donationpt_BR
dc.subjectSubjective deadlockspt_BR
dc.subjectInterview familypt_BR
dc.subjectNegative familypt_BR
dc.subject.cnpqSociais e Humanidadespt_BR
dc.subject.cnpqMultidisciplinarpt_BR
dc.titleDoar ou não doar, eis a questão: impasses subjetivos no processo de doação de órgãos e tecidos para transplantespt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR

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