Um olhar para a cidade de Salvador pelas lentes do cinema: elementos morfológicos e simbólicos

Abstract

A cidade e o cinema, realidade e fantasia. Duas dimensões, uma física (geográfica) e outra simbólica, são os fios condutores da investigação do olhar do cinema para a cidade de Salvador. O físico e o simbólico estiveram juntos desde os primeiros assentamentos urbanos: a segurança das muralhas e dos telhados, e a proteção dos Deuses. As lentes Cinematográficas conseguem colocar em foco essas duas dimensões, em uma cidade histórica de “dois andares”, implantada defensivamente em uma escarpa sobre uma ampla baía, que se transformou em uma metrópole desigual, mas permanece com uma forte religiosidade e uma propensão para festas? O objetivo deste trabalho é investigar a representação cinematográfica da cidade de Salvador, através do reconhecimento de elementos morfológicos e simbólicos desta cidade na composição das imagens de um conjunto de filmes que utilizou a cidade como cenário. Os objetivos específicos são os seguintes: a) efetuar uma revisão bibliográfica que forneça uma análise da imagem urbana, juntamente com a contribuição dos elementos morfológicos e simbólicos desta imagem, e da sua relação com a percepção da qualidade do ambiente urbano; b) estudar a evolução urbana de Salvador, descrevendo as principais transformações ocorridas, que resultaram na simultaneidade de formas com características urbanas diferenciadas: a histórica, com dois andares; a moderna; a periférica desigual; a metrópole, dividida pelo metrô; c) descrever as formas de representação das cidades no cinema; d) Investigar a presença de elementos morfológicos e simbólicos nas imagens cinematográficas de um conjunto de filmes pré-selecionados. O critério adotado para a escolha destes filmes foi a utilização da cidade como cenário e a identificação dos personagens com o espaço; a amostra está composta por: os documentários Entre o mar e o tendal (1953) e Vadiação (1954), de Alexandre Robatto Filho; A grande feira (1961), de Roberto Pires; Tenda dos milagres (1977), de Nelson Pereira dos Santos; Esses moços (2008), de José Araripe Jr; Estranhos (2009), de Paulo Alcântara; Trampolim do Forte (2010), de João Rodrigo Mattos; Jardim das folhas sagradas (2011), de Pola Ribeiro.

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Keywords

Cidade, Cinema, Salvador no cinema, Elementos morfológicos

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