O empreendedorismo materno e a manutenção das estruturas patriarcais: novo discurso, velhas propostas
creativework.keywords | Sociais e Humanidades | |
creativework.keywords | Multidisciplinar | |
creativework.publisher | Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação | |
creativework.publisher | Políticas Sociais e Cidadania | |
dc.contributor.author | Ribeiro, Júlia Machado | |
dc.contributor.author | Silva, Antônio Carlos da (Orient.) | |
dc.date.accessioned | 2025-04-29T13:49:07Z | |
dc.date.available | 2025-04-29T13:49:07Z | |
dc.date.issued | 2020 | |
dc.description.abstract | Erigida na linha de pesquisa “Estado, Desenvolvimento e Desigualdades” do programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Políticas Sociais e Cidadania, esta dissertação é uma contribuição à reflexão sobre a convergência entre o discurso e a vivência do empreendedorismo materno como veículo para o alcance da emancipação feminina. Amplamente divulgado em redes sociais e sites, o empreendedorismo materno é relacionado ao empoderamento e emancipação das mulheres, contudo, é apresentado numa perspectiva mercadológica. A proposta é de tornar possível a execução das atividades produtivas e reprodutivas concomitantemente pelas mulheres mães. Após a entrada da mulher no mercado de trabalho de forma maciça nos anos 1970, a presença feminina na disputa por postos laborais não trouxe emancipação. Elas continuam a receber salários menores, ainda são responsáveis (quase que exclusivamente) pelos cuidados com a família e com o lar, sem olvidar que ocupam menos cargos de chefia (esfera pública e privada). O desnude da realidade que circunda a proposição do empreendedorismo materno como “solução” à possibilidade de execução de ambas as atividades pelas mães torna-se imprescindível. Nos momentos em que a crise estrutural do capital se torna aguda, a incapacidade da sociedade produtora de mercadorias de integrar as pessoas com marcadores diversos daqueles existentes no ser considerado universal (homem, branco, ocidental do Norte global) evidencia a conformação social em bases excludentes. O empreendedorismo materno, ao propor a conciliação do trabalho produtivo e reprodutivo como forma paradoxal de inclusão feminina ao sistema de produção social de mercadorias, tenta encobrir as distorções do sistema ao não discutir a divisão sexual do trabalho e a incapacidade de absorção igualitária das pessoas no mercado de trabalho. Proceder à análise do momento atual da crise estrutural do capital, da realidade da mulher no mercado de trabalho, da formação histórica do papel feminino dentro da sociedade de mercado e do utilitarismo da subjugação da mulher para a implementação e continuidade do sistema produtor de mercadorias se mostra de suma importância. Conhecer as politicas públicas e legislação voltadas à proteção do trabalho da mulher indicam qual o papel do Estado nesta conjuntura. O objetivo, pois, deste estudo é verificar os efeitos da adoção do empreendedorismo materno como instrumento hábil ao alcance da emancipação feminina. A metodologia está pautada em vinculações qualitativas a partir de revisão bibliográfica, uso de dados quantitativos e entrevistas com mulheres que narraram suas experiências (aplicando o método bola de-neve). | |
dc.identifier.uri | https://ri.ucsal.br/handle/123456789/5531 | |
dc.language.iso | pt | |
dc.publisher | UCSal, Universidade Católica do Salvador | |
dc.subject | Crise estrutural | |
dc.subject | Empreendedorismo | |
dc.subject | Desemprego | |
dc.subject | Trabalho abstrato | |
dc.title | O empreendedorismo materno e a manutenção das estruturas patriarcais: novo discurso, velhas propostas | |
dc.type | Dissertação |
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