A atuação das mulheres do Rosário numa Irmandade de Homens Pretos na contramão das relações de poder

creativework.keywordsSociais e Humanidades
creativework.keywordsMultidisciplinar
creativework.publisherPró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
creativework.publisherPolíticas Sociais e Cidadania
dc.contributor.authorSantana, Stela Gleide Oliveira
dc.contributor.authorSilva, Julie Lourau Alves da (Orient.)
dc.date.accessioned2025-05-27T16:51:49Z
dc.date.available2025-05-27T16:51:49Z
dc.date.issued2025-03-28
dc.description.abstractAs relações de poder existem na história da humanidade desde sempre, mas, com a modernidade, ganha complexidade e se apresenta de uma forma transversa, inaugurando novos contornos de dominação em Sociedade. Propõe-se, nesta Tese, analisar a atuação de mulheres numa Irmandade de Homens Pretos na contramão das referidas relações de poder, tuteladas sob a égide de uma estrutura desigual, introduzida pela colonialidade de todas as formas de poder, que teve como carro chefe um Projeto Eurocêntrico, que raptou, violentou e escravizou pessoas, usurpou terras, colonizou e dizimou povos originários, como se antes não houvesse donos, a exemplo do continente americano, onde civilizações indígenas e nativas, aqui já viviam. Imprimiu-se uma nova concepção de mundo e o modelo europeu tornou-se o primado da modernidade e da capacidade de vida humana. Não obstante a violência acometida ao povo negro, a diáspora africana oportunizou um grande intercâmbio cultural, do encontro entre os continentes americano, africano e europeu. A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, em Salvador, como um primeiro espaço de inclusão, resistência, associativismo e pertença do povo negro, mas que, sob os contornos de uma sociedade patriarcal, sexista, desigual e machista, só emancipou a participação da mulher, em sua estrutura de poder, após quatro séculos de história e muita luta por reconhecimento, reparação e redistribuição de cargos e oportunidades. Por meio de estudo sobre a Irmandade, legislação, ancestralidade e a atuação de seus membros, com uso de metodologia qualitativa, procedeu-se à observação participante, onde se constatou a carência dos aparatos reparatórios, políticas sociais e a letargia de efetivamente promover a tão almejada equidade. Observou-se que muitas possibilidades de diálogos foram criadas e que a participação da mulher foi o diferencial, o que também é um legado de mulheres africanas, que, no seu continente mãe, a África, tiveram outro aprendizado de modelo de sociedade e participação da mulher. Conclui-se, que, muitas vezes, na sociedade e nas instituições, a legislação é menos eficaz do que a realidade social e subjetivamente construída e que, muitas vezes, o opositor termina sendo um igual, ou seja, não obstante os avanços na sociedade e nos compromissos a partir de 2001, muitas vezes a não credibilidade é forjada em falas como: “lutei por uma Mesa única com a participação de homens e mulheres”, mas ainda não vota em mulheres como Priora da Mesa Administrativa”. Esta fala denota, que, da Mesa de Honra à Mesa Administrativa, a atuação da mulher preta, que sofre esta dupla opressão, ainda tem um longo caminho a percorrer, para, enfim, se obter a cidadania.
dc.identifier.urihttps://ri.ucsal.br/handle/123456789/5596
dc.language.isopt
dc.publisherUCSal, Universidade Católica do Salvador
dc.subjectRelações de poder
dc.subjectColonialidade
dc.subjectDiáspora africana
dc.subjectAncestralidade
dc.subjectMulheres pretas
dc.subjectCidadania
dc.titleA atuação das mulheres do Rosário numa Irmandade de Homens Pretos na contramão das relações de poder
dc.typeTese

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